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Ciclone extratropical deve provocar mais chuva no Rio Grande do Sul

As chuvas não devem atingir pontos críticos do Rio Grande do Sul (Rafa Neddermeyer)
Um ciclone extratropical começa a se formar no Rio Grande do Sul a partir desta segunda-feira, 27, trazendo chuva e vento forte neste começo de semana ao Estado gaúcho que ainda se recupera dos danos provocados pelas fortes tempestades iniciadas no fim de abril, que já deixaram ao menos 169 pessoas mortas e 469 municípios afetados.

Segundo a MetSul, o fenômeno também vai deixar o mar agitado em uma extensa área da costa brasileira com forte ressaca nas praias. A chuva se afasta e o sol começa a aparecer com maior intensidade no Estado gaúcho entre quinta, 30, e sexta-feira, 31

Apesar do receio, expectativa é que a condição climática melhore posteriormente. “Este tipo de sistema costuma impulsionar ar seco para o Rio Grande do Sul quando começa a se afastar. Por isso, passada a instabilidade deste início de semana, que não vai trazer novas enchentes de rios nos locais já castigados, o ciclone vai garantir vários dias seguidos sem chuva volumosa ou com sol e nuvens, proporcionando a baixa dos níveis de vários rios”, acrescenta a empresa de meteorologia.

As chuvas não devem atingir pontos críticos do Rio Grande do Sul “O ciclone vai trazer chuva para os três Estados do Sul, mas, felizmente, não se projeta precipitação excessiva sobre as bacias dos rios que enfrentaram cheia, assim a chuva que virá com o sistema não causará um repique significativo de cheia nos rios que cortam os vales, no Jacuí e, por efeito, no Guaíba. Onde mais deve chover é nas bacias dos rios Gravataí, Sinos e nascentes do Caí, mas sem volumes que causem uma grande cheia”, estima a MetSul.

Fortes ressacas marítimas

O ciclone na costa do Sul do País trará significativa agitação marítima, distante da costa, e moderada a forte ressaca nas praias do Sul e do Sudeste do Brasil no decorrer desta semana.

A Marinha do Brasil tem alertas de ondas de até sete metros em mar aberto, longe da costa, na área litorânea do Sul do Brasil e de ressaca nas praias com ondas de até 3,5 metros.

“A ressaca poderá ser suficientemente forte para que o mar tome conta da faixa de areia e possa causar alguns danos em estruturas na beira da praia, como quiosques e calçadão. Em algumas praias do Sul e do Sudeste não protegidas por dunas, o mar pode avançar em ruas perto da praia”, afirma a MetSul.

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