A Cia. Minaz estreia, neste final de semana, a montagem de “O Diletante”, ópera de João Guilherme Ripper, baseada na comédia homônima de Martins Pena (1815- 1848). A regência será do maestro Abel Rocha, com direção cênica de André Cruz e cenários e figurinos assinados por Ivo Rinhel D’Acol. As apresentações serão às 20h30 deste sábado, 28 de setembro, e às 19 horas de domingo (19), no Teatro Minaz.
O Teatro Minaz fica na rua Carlos Chagas nº 273, Jardim Paulista, na Zona Leste da cidade. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada ou antecipado) para os dois setores (plateia A e plateia B) e estão disponíveis para compra na sede da companhia (Carlos Chagas nº 259) ou pelo site www.compreingressos.com.
“O Diletante” faz uma homenagem bem-humorada ao mundo e aos amantes da ópera. Mantendo a estrutura e o espírito do texto de Martins Pena, João Guilherme Ripper adaptou a peça para a Copacabana dos anos 1950. O cenário é a sala do apartamento de Quintino, rico comerciante italiano, que alimenta uma paixão desmedida por “La Traviata”, de Giuseppe Verdi (1813-1901).
Seu maior desejo é fazer com que toda sua família compartilhe de seu gosto pela música italiana, solicitando o tempo inteiro que sua filha, Josefina, e sua esposa, Merenciana, cantem trechos da obra com ele. Além disso, Quintino deseja encontrar um marido para a filha que seja tenor e possa interpretar a parte de Alfredo no dueto do Brindisi.
No elenco estão Pedro Vianna como Quintino, Isabela Mestriner no papel de Merenciana, Mariana Cunha como Josefina, Luis Felipe Sousa como Gaudêncio, Rafael Stein como Marcelo e Gabriela Momesso como Constança. Também integram o espetáculo Coral e a Orquestra da Cia. Minaz.
O compositor
João Guilherme Ripper é compositor, gestor cultural e professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dirigiu a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) entre 1999 e 2003 e a Sala Cecília Meireles entre 2004 e 2015, empreendendo uma ampla reforma. Em 2015, foi nomeado presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cargo que ocupou até o início de 2017. Ripper é o atual presidente da Academia Brasileira de Música.
Colabora frequentemente com orquestras, teatros e festivais no Brasil e exterior criando novas obras e atuando como compositor residente. Entre os concertos realizados em 2018 destacam-se a estreia da “Suíte sinfônica da ópera Piedade” com a Orquestra Petrobras Sinfônica no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e “Jogos Sinfônicos”, com a Orquestra Blas Galindo, no México.
Também estão no repertório o “Concertino para oboé e fagote”, com a Filarmônica de Minas Gerais, e a estreia da cantata “Icamiabas”, no Festival Internacional de Música de Belém do Pará. Destaque também para a obra “Fantasia Tarumã”, dedicada ao pianista Jean Louis Steuerman, com a Filarmônica de Goiás.
Outros destaques são a estreia da ópera “Kawah Ijen”, no Festival Amazonas de Ópera no Teatro Amazonas, e de “Piedade”, em forma de concerto no Theatro Municipal de São Paulo. “Piedade” também foi encenada nas temporadas 2017 e 2018 da série Ópera de Câmara do Teatro Colón de Buenos Aires, na Argentina.
A miniópera “Domitila” recebeu produções este ano em Vitória e nas cidades de Alcobaça e Castelo Branco, Portugal, enquanto a ópera cômica “O Diletante” foi apresentada no Teatro Carlos Gomes de Vitória. Suas obras “Duplum – concerto para dois violoncelos e orquestra” e “Improviso para violino e orquestra” foram gravados recentemente pela Orquestra Acadêmica de Córdoba e pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.
A Cia Minaz
Criada por Gisele Ganade e Ivo Rinhel D’Acol em 1990, em Campinas, com o intuito de formar público e novos profissionais para a música vocal e para a ópera em cidades de interior, a Cia. Minaz teve sua estreia com a montagem da ópera bufa “La Serva Padrona”, de Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736), apresentando-se em diversas cidades do interior paulista. No ano seguinte conquistou o “Prêmio Estímulo” da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas com seu projeto de montagem da ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart.
Está sediada desde 1992 em Ribeirão Preto. São mantidos atualmente na companhia, além de solistas e bolsistas de canto, dois corais infantis com 60 vozes cada, dois corais juvenis com 60 vozes cada, um coro lírico adulto com 70 vozes, um coro popular adulto com 70 vozes e um madrigal com 20 vozes.
Os corais da Cia. Minaz realizam espetáculos e concertos mantendo um vasto repertório, tendo sido regidos por maestros como Abel Rocha, Roberto Minczuck, Túlio Colacioppo, Claudio Cruz, Victor Hugo Toro, Norton Morozowicz, entre outros.
A Cia. Minaz possui em seu repertório diversos títulos de óperas, concertos e musicais apresentados em diversas cidades tendo como sua sede o Teatro Minaz onde acontecem suas temporadas de óperas, ópera estúdio, musicais, cursos, palestras e concertos. Mantém suas temporadas através de projetos de Lei Rouanet e Programa de Ação Cultural (ProAC) ,tendo sido Ponto de Cultura em convênio com governo federal e a prefeitura de Ribeirão Preto.