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Chuvas trazem pânico e destruição

Já está virando rotina. A chuva que atingiu Ribeirão Preto, no inicio da noite de ter­ça-feira, 25 de dezembro, pro­vocou destruição, pela terceira vez em menos de dois meses, na Favela da Locomotiva, re­gião Norte de Ribeirão Preto. A inundação também atingiu a Favela do Brejo, na Vila Ma­riana e nos dos locais a água chegou a um metro de altura fazendo os moradores destes locais perderem o pouco que possuíam.O temporal tam­bém provocou alagamentos em ruas e avenidas da cidade deixando o trânsito parado em vários pontos. A Avenida Edu­ardo Andrea Matarazzo, a Via Norte, foi um dos locais mais prejudicados. A água também alagou vários trechos da Aveni­da Francisco Junqueira. Já o cór­rego transbordou entre as aveni­das Dom Pedro I e Luiz Galvão Cézar, impedindo a passagem dos veículos em ambos os sen­tidos. Em um dia choveu na região de Ribeirão Preto 130 mi­límetros, o previsto para o mês inteiro é de 153 milímetros.

Nesta quarta-feira, equipes das secretarias municipais de Assistência Social, Infraestru­tura e da Guarda Civil Muni­cipal, realizaram trabalho nas duas favelas, como a distribui­ção de marmitex e a limpeza das ruas e dos barracos. Se­gundo a superintendente da Guarda Civil Municipal, Mô­nica da Costa Noccioli, as duas comunidades atingidas pelas enchentes foram monitoradas durante toda a madrugada, mas os moradores recusaram o abrigo provisório que foi oferecido na Casa de Traves­sia, antigo Cetrem – Centro de Triagem do Migrante – e no Parque Permanente de Exposi­ções. “Eles ficaram com medo de perder os pertences e pre­feriram ficar nos lugares mais altos. Agora, as equipes do ser­viço social estão verificando os danos”, disse.

 

A Cidade Locomotiva fica localizada em um terreno de 60 mil metros quadrados da Ferrovia Centro-Atlânti­ca (FCA) localizada na Rua Peru, no Parque Industrial Coronel Quito Junqueira, na Zona Norte de Ribeirão Preto. No local vivem cerca de 350 famílias, aproximadamente 1.500 pessoas. A área onde a Favela da Locomotiva está instalada pertence à União.

No entanto, o local está sob a responsabilidade da Va­lor Logística Integrada (VLI, controladora da FCA). Sendo federal ou particular, a prefei­tura não pode incluir o terreno no programa de regularização fundiária porque ela está lo­calizada em área de risco. Se­gundo o secretário municipal de Planejamento e Gestão Pública, Edsom Ortega, a ad­ministração trabalha em um projeto para retirar as famí­lias daquele local. O objetivo é encontrar mecanismos le­gais e técnicos para remane­já-los. “Estamos trabalhando neste sentido”, afirma.

Regularização
Projeto do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), pre­tende regularizar 35 comuni­dades em diversas regiões da cidade e visa garantir que os moradores possam legalizar a posse do terreno, inclusive com registro em cartório. A proposta autoriza a prefeitura a regularizar 10,6 mil mora­dias hoje em situação ilegal, contemplando 46,9 mil pesso­as, 25,6 mil delas moradoras de 35 favelas. Cada uma das áreas beneficiadas terá um projeto próprio e independente, que depende desde o levantamento topográfico até recursos para infra-estrutura.

Após a regularização, a prefeitura afirma que reali­zará obras de infra-estrutura urbana, como pavimentação, galerias de água e esgoto e iluminação. Em contrapar­tida, o município espera ar­recadar com impostos e ta­xas, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e conta de água.

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