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Chocolate avança 18,5% em um ano 

Apesar da elevação de alguns produtos, a queda de outros fará com que os itens da Páscoa tenham retração tímida de 0,43%  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em um contexto de inflação da alimentação, o item mais procurado da Páscoa também está com o preço pressionado. Dados levantados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) apontam que, em um ano, houve encarecimento de 18,5% no preço do chocolate em barra e dos bombons, e de 15,7% no do chocolate em pó.

No geral, a cesta de alimentos típicos para a refeição da Páscoa se manterá praticamente no mesmo preço do ano passado – uma variação negativa tímida de 0,43%. É uma boa notícia, considerando que, em 2023, houve elevação de mais de 20%. O aumento dos chocolates acontece, dentre outros fatores, por causa da quebra na safra dos grandes players do produto no mercado internacional, como é o caso de Gana, na África.

Por isso, o item disparou em nível mundial. Ainda assim, como esse tipo de alimento tem repercussão menor no orçamento das famílias, o seu peso será relativizado com as retrações de outros — sem que, por outro lado, essa alta deixe de ser notada. A retração nos preços médios da cesta como um todo se explica, sobretudo, pelo preço do arroz, que recuou 4,13% nos últimos 12 meses.

As estimativas para o consumo na data são positivas. Projeção da Fecomercio-SP indica que os supermercados devem faturar 5% a mais no mês de abril, em São Paulo, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Entra nessa conta não apenas a Páscoa, mas a conjuntura marcada pelo mercado de trabalho aquecido, o crescimento de renda e a disponibilidade de crédito.

Analisando os produtos da cesta, houve recuo de 0,29% nos pescados – principal proteína animal procurada na data –, assim como na batata-inglesa (-40,51%), na cebola (-37,62%) e no tomate (-7,66%). No entanto, foram registradas elevações significativas em alguns itens, como o alho, com alta de 26,37%, seguido pela azeitona, com 13,28%, e pelo ovo de galinha, com 13,23%.

Este último tem sido um dos principais vilões nos supermercados, com aumento expressivo no início deste ano. Para os empresários mais ligados à venda de ovos de Páscoa, o custo da matéria-prima certamente afetará a rentabilidade. Empresas com tradição devem passar o custo para o consumidor, mas aqueles que estão iniciando devem ter mais dificuldade, se não conseguirem praticar os preços mais altos.

Ribeirão Preto – Os ovos de chocolate estão até 29% mais caros na Páscoa deste ano, segundo levantamento Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB), da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). A pesquisa comparou preços médios de onze supermercados e quatro redes nacionais, apontando variações de 18,76% a 29,01% na comparação com 2024.

Os aumentos significativos são atribuídos à crise no mercado internacional de cacau. A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, 13 de abril, passa pela Sexta-Feira da Paixão (18) e Sábado de Aleluia (19) e termina no Domingo de Páscoa (20), que marca o fim da quaresma para os católicos.

Aumentos generalizados – A coleta foi feita no último dia 24 de março e revelou alta em todas as categorias de ovos de Páscoa. Produtos com brinquedo e de menor gramatura foram os mais impactados: o ovo de 200 gramas com brinquedo subiu 29,01%, enquanto os de 100g com brinquedo, 200g tradicional e 100g tradicional registraram aumentos de 20,40%, 19,92% e 18,76%, respectivamente.

No segmento de barras de chocolate, as versões branca (+27,53%), meio amarga (+24,79%) e ao leite (29,36%) também sofreram reajustes importantes. A única exceção foi a caixa de bombons sortidos, que apresentou queda de 10,97%. A pesquisa tem caráter exclusivamente estatístico, sem intenção fiscalizatória, e visa fornecer uma visão técnica sobre a dinâmica de preços no mercado local.

Diferenças por região – O estudo identificou diferenças relevantes entre as cinco regiões de Ribeirão Preto, mas a comparação evidenciou que nenhuma delas concentrou de forma isolada os menores preços médios em todos os produtos.

 

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