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China envia 1ª mulher para estação espacial

Liu Yang tem 33 anos e é piloto de caça. REUTERS/Jason Lee

A China enviou três astro­nautas a uma estação espacial em construção na manhã de sábado, 16 de outubro, incluin­do a primeira mulher a visitar a instalação em que a tripula­ção deve permanecer durante seis meses. Esta é a segunda de quatro missões tripuladas planejadas à estação, que deve ser finalizada até o fim do ano que vem.

A espaçonave Shenzhou-13 foi lançada à 0h23 de sábado (horário de Pequim), disse Lin Xiqiang, porta-voz do Progra­ma Espacial Tripulado da Chi­na. Zhai Zhigang, de 55 anos, que integrou a primeira leva de astronautas chineses no fim dos anos 90, é o comandante da missão. Ele é acompanhado por Wang Yaping e Ye Guang­fu, ambos de 41 anos.

Wang é a primeira mulher astronauta a visitar a estação chinesa. A missão conhecida como Shenzhou-13, “Embar­cação Divina” em chinês, é a segunda missão espacial de Zhai e Wang e a primeira de Ye. A China começou a cons­truir o que será sua primeira estação espacial permanente em abril.

Na época, houve o lança­mento do Tianhe, o primeiro e maior de seus três módulos. Ligeiramente maior do que um ônibus, o Tianhe será o aloja­mento assim que a estação es­pacial estiver pronta. A tripu­lação de três pessoas da missão anterior Shenzhou-12 se hos­pedou em Tianhe durante 90 dias, entre julho e setembro.

Míssil
A China testou um veícu­lo espacial em julho, não um míssil hipersônico com capaci­dades nucleares como relatado pelo Financial Times no últi­mo sábado, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês nesta segunda-feira (18).

Citando cinco pessoas fa­miliarizadas com o assunto, o Financial Times afirmou no sábado (16) que os chineses testaram um míssil hipersô­nico com capacidade nuclear que voou para o espaço, an­dando ao redor do globo antes de cair em direção ao seu alvo e não atingí-lo.

O jornal disse que o fato “pegou a inteligência dos Es­tados Unidos (EUA) de sur­presa”. “Não foi um míssil, foi um veículo espacial”, disse o porta-voz do ministério, Zhao Lijian, sobre a reportagem, acrescentando ter sido um “teste de rotina” com o propó­sito de testar tecnologia para reusar o veículo.

A importância de um teste de reúso é que ele pode “forne­cer um método barato e conve­niente para humanos viajarem pacificamente de e para o espa­ço”, disse Zhao, acrescentando que muitas empresas realiza­ram testes similares. O Minis­tério das Relações Exteriores chinês disse que o teste ocorreu em julho, não em agosto, como relatou o Financial Times.

Os Estados Unidos acom­panham de perto o programa chinês de modernização mili­tar para avaliar os possíveis ris­cos impostos por um competi­dor cada vez mais assertivo.

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