O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 25 pontos percentuais, informou nesta quarta-feira, 27 de junho, o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 328,6% em abril para 303,6% ao ano em maio. O juro do cheque especial também caiu, mas menos do que o do cartão, e agora passou a compor o maior juro do sistema financeiro: 311,9% ao ano – era de 321% em abril. Um ano antes, a taxa estava em 325,1% e do rotativo geral, em 380%.
No início de abril, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que os bancos vão oferecer a partir de julho um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção valerá para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da entidade é a de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelere a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.
Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central mostram ainda que, para aquisição de veículos, os juros permaneceram em 21,5% ao ano em abril. A taxa de inadimplência no crédito livre caiu ligeiramente, de 4,7% para 4,6% em maio. Em maio de 2017, a taxa estava em 5,9%. Para pessoa física, a taxa de inadimplência também recuou ligeiramente, de 5,1% em abril para 5% em maio. Para as empresas, a taxa cedeu marginalmente de 4,2% para 4,1%.
Endividamento das famílias
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 41,3% em abril, marginalmente superior aos 41,2% em março, informou o Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento foi de 23,1% em abril, ante 23,0% em março. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) seguiu em 20,0% em abril.