O cenário está montado e a campanha vai para as ruas. Após as convenções e a definição de candidaturas aos cinco cargos em disputa, políticos e eleitores se preparam para o maior evento democrático que um país pode vivenciar: as eleições. É neste momento que as discussões afloram e o debate vai, na maioria das vezes, em busca de soluções para as demandas da população.
É um período fértil onde os eleitores discutem, até de forma acalorada, as suas preferências eleitorais, com base no quadro que se apresenta para a disputa. E os nomes são sempre muitos em eleições nacionais. Com o decorrer da campanha, acontecem as naturais polarizações e as coligações tendem a reforçar a divulgação de seus candidatos na busca da preferência do eleitorado.
Com o final do período das convenções, definiu-se o quadro inicial da disputa com números significativos. A eleição terá 13 candidatos a presidente da República. No caso de São Paulo, são 12 candidatos a governador e 17 que buscam a eleição para o Senado, que neste ano renova dois terços das cadeiras. Os dois senadores paulistas com final de mandato neste ano não buscam a reeleição.
Além destes, há milhares de candidatos a deputado federal e estadual. Estes números serão contabilizados pela Justiça Eleitoral a partir do registro dos candidatos, cujo prazo de efetivação termina no próximo dia 15.
E se há uma efervescência de discussões, há também um crescimento considerável na oferta de informações sobre as eleições e a respeito dos candidatos que participam do pleito. Veículos de comunicação entram na disputa pela preferência dos eleitores, com oferecimento de novos serviços informativos ou mais rapidez nas notícias relacionadas ao assunto. E isso é bastante positivo para que o eleitor possa escolher.
O ex-governador Mário Covas, com quem tive a honra de trabalhar e receber importantes lições administrativas e políticas, já dizia que o eleitor sabe decidir com precisão. Basta que ele tenha todas as informações necessárias.
E haverá um grande número de entrevistas com candidatos em jornais, revistas, emissoras de televisão e rádio e sites de notícias. Estão previstos também debates, onde os candidatos podem se expressar e confrontar ideias e planos. E o corpo a corpo nas ruas também levará conhecimento aos eleitores.
E nesta eleição nacional, mais que em todas as outras já realizadas, a informação está presente em muitos canais, variados veículos de comunicação oficiais e nas redes sociais que a cada dia crescem em número de usuários e em importância na propagação de ideias, produtos e serviços.
Assim, o eleitor estará, ao menos teoricamente, abastecido de informações na hora de votar. Logo terá condições de fazer a melhor escolha, eleger o melhor programa de governo com o perfil de dirigente e de representantes que ele imagina para o país, a partir do conhecimento que reunir a respeito dos que buscam a eleição no dia 7 de outubro.
Mas assim como a oferta de informações é grande, a filtragem do que ouve, assiste e lê deve ser ampliada. Haverá muita afirmação de vida curta, que não chegará nem ao dia do voto. O eleitor precisa estar atento para se desviar de notícias falsas, fatos inverídicos e discursos forçados, que servem apenas para o período eleitoral.
Com um pouco de atenção, não será difícil, no entanto, saber quem concorre às eleições com o olho voltado para o País, ou pelo estado que pretende governar ou representar, e quem está na corrida com a atenção voltada apenas para si próprio ou para o grupo que o apoia.4040