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Chefe do Procon denuncia ameaça

DIVULGAÇÃO

A chefe da Divisão de Ge­renciamento do Órgão de Pro­teção e Defesa do Consumidor (Procon-RP) – ligado à Secre­taria Municipal de Assistência Social (Semas) –, Ana Paula de Paiva Gentile, registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira, 17 de março, re­latando ter sofrido ameaça de morte em um posto de com­bustíveis da cidade.

O caso ocorreu após a equi­pe do Procon chefiada por ela ter sido exigido o cumprimen­to de uma ordem de fecha­mento do estabelecimento. O posto, localizado no estacio­namento do Novo Shopping, na avenida Presidente Kenne­dy, no bairro Nova Ribeirânia, Zona leste, é suspeito de ven­der gasolina sem bandeira.

Contudo, o mesmo exibe a bandeira da Petrobras. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), Ana Paula relatou em seu regis­tro que foi vítima de ameaça e que ouviu uma frentista do posto dizer que iria fotogra­far a placa do carro dela.

Diante da situação, a che­fe do Procon se deslocou até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ribeirão Preto, onde o caso foi registrado como ameaça e desobediência. Na ocasião, o telefone celular da frentista foi entregue à Polícia Civil.

O jornal Tribuna entrou em contato com a prefeitura de Ribeirão Preto, porém, não obteve um posicionamento até a publicação desta matéria. O Novo Shopping afirma que a situação envolve o posto de combustíveis e, por isso, não teria o que comentar, já que o estabelecimento não teria rela­ção com o centro de compras.

Ana Paula Gentile (detalhe) diz que foi ameaçada por funcionários do
posto quando ela e a equipe do Procon foram lacrar o estabelecimento

A fiscalização lacrou o posto por dez dias e intimou o dono a comprovar que o combustível é da distribuidora BR. Segundo a chefe do Procon, o responsável também não apresentou licença da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e nem de funcionamento na área do shopping.

Procurada, a mulher que aparece como representante do posto no boletim de ocor­rência, Keila Rodrigues dos Santos, disse que não vai se manifestar sobre o caso. A BR Distribuidora informou que acionou a Justiça em 2004 para obrigar o posto a retirar a mar­ca da empresa.

Redes sociais
Nas redes sociais, Ana Pau­la divulgou um vídeo em que relata o ocorrido e comenta sobre as ameaças que teria so­frido de funcionários do posto. Segundo ela, eles “agiam de forma hostil” durante a atu­ação do Procon de Ribeirão Preto. Durante todo o percurso após deixar o estabelecimento, a servidora contou com apoio de escolta da Guarda Civil Me­tropolitana (GCM).

Ainda segundo a gravação, Ana Paula relata que um ho­mem, que seria pai do proprie­tário do posto de combustível, teria a ameaçado de morte. “Eu estou fazendo o meu trabalho. Se a gente vive em um mun­do assim é complicado, difícil. Ninguém aceita, todo mundo está brigando. […] Voltei para a delegacia para pedir para o delegado proteção”, disse.

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