O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira (16) ser favorável à indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos. Ele disse estar trabalhando para que, caso o presidente Jair Bolsonaro (PSL) confirme a indicação de seu filho para o cargo, que ela seja aprovada pelo Senado. Um embaixador indicado pelo presidente da República deve ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores da Casa.
O colegiado, então, vota pela aprovação ou não do nome e depois o plenário da Casa também decide sobre a indicação. “Estamos cuidando para que, se essa indicação for feita, ela ser aprovada pelo Senado. O governo tem maioria na Comissão de Relações Exteriores e no plenário para aprovar o nome do Eduardo”, disse. O senador contou ainda que conversou com Bolsonaro na noite de segunda-feira (15) e na manhã de ontem e disse que o presidente “está inclinado” a oficializar a indicação.
O líder do governo avaliou que a questão não deve atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência. “São dois assuntos diferentes”, disse. Já o presidente reafirmou a intenção de indicar o filho para assumir a embaixada brasileira em Washington, apesar de destacar que há ainda um grande caminho pela frente. “Ou vocês queriam que eu indicasse o meu filho para a Venezuela, Cuba, Coreia do Norte?”, questionou o presidente.
Bolsonaro voltou a dizer que a indicação não configura nepotismo e disse que há uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) neste sentido. “Graças a Deus, como capitão do Exército, tive como lhe dar uma boa educação e a prova está aí. Tentar desqualificá-lo por fritar hambúrguer… eu frito hambúrguer melhor que ele, talvez por isso que eu seja presidente”, disse. Bolsonaro afirmou ainda que o filho foi “fritar hambúrguer” nos Estados Unidos para praticar o inglês.