O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, sugeriu hoje que o governo britânico poderia ter interesse no envenenamento do ex-espião Sergei Skripal, e de sua filha, Yulia, na Inglaterra.
“(Envenenar o ex-espião) poderia ser vantajoso para o governo britânico, que claramente se encontra em uma situação difícil por ter falhado em cumprir suas promessas a eleitores sobre o Brexit”, disse.
Além disso, Lavrov zombou a alegação do governo da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, de que não havia qualquer outra explicação plausível para o ataque com uma substância neurotóxica que não a responsabilização da Rússia.
De acordo com o ministro, agências de inteligência do Reino Unido poderiam estar envolvidas, já que, em sua visão, o caso ajudou a distrair a atenção popular das dificuldades de Londres nas negociações para a saída da União Europeia.
Ele ainda acusou o Reino Unido e os Estados Unidos de espalhar “mentiras e desinformação” sobre o envenenamento e declarou que as tensões entre Ocidente e Oriente estão piores agora que durante a Guerra Fria.
Para Lavrov, a acusação do Reino Unido de que a Rússia está por trás do ataque é uma “provocação louca e horrível”.
O chanceler afirmou que a Rússia não teria motivo para atacar Skripal, que foi solto em 2010 de uma prisão no país, onde estava detido por espionagem para o Reino Unido, em uma troca de espiões. “Se houvesse qualquer picuinha contra o homem, ele não teria sido trocado”, disse. (Associated Press)