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Chaim Zaher está no Conselhão de Lula  

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, reativado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quinta-feira, 4 de maio – havia sido desmantelado no governo Jair Bolsonaro (PL) –, conta com a participação de um empresário de Ribeirão Preto: Chaim Zaher.

Lula relançou o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Foto – José Cruz/Ag.Br)

Ele é fundador e CEO do Grupo SEB Educacional, um importante conglomerado de ensino privado do país e dono de emissoras de TV e rádios no Estado de São Paulo. Da região, também faz parte do Conselhão a empresária Luiza Helena Trajano, da rede varejista Magazine Luiza, de Franca.
No primeiro mandato de Lula (203-2006), quando o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social foi criado, o empresário Maurílio Biagi Filho era o representante da região. Atualmente, tem 246 representantes. É formado por empresários, ativistas, artistas, intelectuais e representantes de cooperativas.
A primeira versão foi criada com o objetivo de debater políticas públicas com a sociedade civil, mas foi extinto em 2019, por decreto do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Na retomada, ele ganhou um S a mais, de “sustentável”, com a perspectiva de se tornar mais moderno e eficiente.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez um aceno ao agronegócio no relançamento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável. A escalação do grupo inclui o presidente da Cosan, Rubens Ometto, e Eraí Maggi, empresário do ramo da soja.
E também tem Ayala Ferreira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Temos aqui no Conselhão uma presença maior do que nas edições anteriores de empresas do agronegócio”, declarou Padilha em seu discurso.
Ele disse que isso aconteceu porque a economia brasileira mudou em relação ao que era nos primeiros governos Lula, daí a maior representatividade. Também mencionou a presença de representantes da agricultura familiar, movimentos sociais e outros segmentos do campo.
Na última semana, o governo teve um momento de estresse com o agronegócio. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deixou de vir à Agrishow, uma das principais feiras do setor, depois de a organização do evento pedir que ele não fosse à abertura para não se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Também houve desentendimento com o MST nos primeiros meses de governo. Em abril, o movimento, aliado histórico do PT, realizou invasões de terra que causaram desgaste ao Palácio do Planalto. De acordo com Padilha, a lista de participantes do Conselhão é para “mostrar para o Brasil que nós não queremos viver num cercadinho, que não queremos viver dentro de nossas bolhas”.
O ministro afirmou que há mais de 40% de mulheres entre os 246 integrantes do Conselhão, além de 30% autodeclarados negros, pardos ou indígenas. O ministro também declarou que há representantes dos 27 Estados. O tema central das conversas, de acordo com ele, será a desigualdade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na retomada das reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, que o grupo será importante para gestar propostas para o governo. E que, depois, será necessário esforço para convencer o Congresso desses projetos. “O governo é fácil convencer”, disse.
“Mas quando for para o Congresso, são cabeças diferentes”, declarou o presidente da República. “Aí precisa de mais capacidade de convencimento”, afirmou. Segundo Lula, os debates do Conselhão não vão resultar em soluções “num passe de mágica”
Lula reforçou ainda que o Estado deve oferecer proteção social aos trabalhadores de aplicativos. “Não sou contra o trabalho em aplicativos”, disse o petista. “A única coisa que eu quero é que o Estado garanta seguridade social para os trabalhadores”, declarou.
O petista afirmou que é necessária a busca por um mundo do trabalho “mais civilizado”. Também falou em repensar as relações de trabalho mediadas pelas plataformas. O tema foi recorrente na campanha presidencial do ano passado que levou Lula de volta ao Palácio do Planalto. O petista criou um grupo para discutir a regulamentação do trabalho por aplicativos.

 

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