Nesta segunda-feira, 29 de março, apesar do céu encoberto no início da noite em Ribeirão Preto, foi possível observar a primeira “Superlua” deste ano. O fotógrafo Alfredo Risk fez imagens do satélite. Com as luzes da cidade e a nebulosidade, a visão do fenômeno foi um pouco prejudicada, mas não chegou a impedir a observação.
O fenômeno – quando a Lua se encontra próxima ao seu perigeu (ponto da órbita em que ela está mais próxima da Terra) – poderá ser observado até esta quarta-feira (31). Lua cheia significa uma luminosidade de 97% a 100% e pode durar de sete a oito dias.
O satélite está maior e mais brilhante para quem observar o céu. Quem não conseguir fotografar a “Superlua” poderá observar uma belíssima lua cheia, que é sempre super. Mas vai ter que ser da janela, do jardim ou do quintal de casa, por causa do toque de recolher em razão da quarentena provocada pela pandemia de coronavírus.
“Sendo a órbita lunar aproximadamente elíptica, quanto mais próximo do perigeu ocorrer o momento da lua cheia, maiores serão seu tamanho e brilho aparentes para as pessoas observarem da Terra”, destaca Carlos Fernando Jung, diretor científico da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon) e proprietário do Observatório Espacial Heller & Jung.
Segundo o professor, o perigeu não permanece no mesmo ponto ao longo do tempo, por isso algumas superluas podem ser sensivelmente maiores que outras. A distância da Terra para a lua é de 384.400 quilômetros e o máximo é de 405.500 quilômetros. “Esta lua cheia de março está há 362.170 quilômetros”, explica.
A “Superlua” de março foi batizada de Lua da Minhoca devido a uma teoria que se refere às minhocas que aparecem conforme a terra é aquecida na primavera. Isto atrai muitas aves que simbolizam o início da estação no Hemisfério Norte.
“Cada lua cheia tem seu próprio nome com origens diferentes que podem ser ameríndias, coloniais americanas e europeias”, diz Jung. Outras três superluas poderão ser observadas em 2021, conforme o professor. Em 8 de abril, 26 de maio e 24 de junho.