O Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres Morro do São Bento acolheu, neste mês de fevereiro, 35 animais silvestres vitimados na região de São Carlos. Por ser uma referência regional, o Cetras de Ribeirão Preto é frequentemente procurado por outros municípios do centro e norte do Estado de São Paulo.
“O Cetras Morro do São Bento vem se destacando principalmente pela qualidade do atendimento, pois temos uma equipe técnica muito capacitada. Somos frequentemente indicados às outras cidades e por órgãos oficiais, como a Polícia Ambiental”, explica o responsável técnico Alexandre Gouvea.
“Foi exatamente o que aconteceu para que São Carlos nos procurasse para recebermos esses animais”, emenda. A maioria dos animais acolhidos são filhotes de periquitão-maracanã. Também estão recebendo cuidados uma pomba-asa-branca e um jabuti-piranga.
“O nosso foco quando cuidamos de filhotes, na maioria das vezes, é no desenvolvimento desses animais, por isso o tratamento é voltado para uma dieta rica e balanceada. Já os outros, investimos em um tratamento amplo, focado em sua recuperação e promoção da saúde”, pontua.
Após os tratamentos, os animais passam por novos exames, onde é avaliado se estão aptos a voltar para a natureza. Caso estejam, é realizado o processo de soltura. Se identificado qualquer possibilidade de comprometimento da qualidade de vida deste animal, não permitindo que viva em segurança, ele é encaminhado ao Bosque Zoológico Municipal Doutor Fábio Barreto.
No zoológico, onde o Cetras Morro do São bento mantém sua sede, o animal receberá cuidados permanentes. O centro faz parte do complexo de 28 unidades do Estado de São Paulo e vem se destacando pelo trabalho de qualidade executado em Ribeirão Preto e região. Já devolveu cerca de 100 animais à natureza somente e 2025
Atende animais silvestres de Ribeirão Preto e região vítimas de incêndios, atropelamentos e violência humana. A soltura é autorizada pelo Departamento de Fauna do Estado, ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil-SP), e realizada pela Polícia Militar Ambiental (PMAmb) com apoio do Bosque Fábio Barreto.
No dia 5 de fevereiro, o Cetras RP soltou 32 aves de diversas espécies após tratamento nutricional e ambulatorial. A soltura ocorreu, na Estação Ecológica Guarani, próxima à Rodovia Abrão Assed (SP-333). Dentre os espécimes havia estão garças-brancas, corujas-buraqueiras, sagüis-de-tufos-pretos, gaviões-caracarás (carcarás), rolinhas, urubus, marrecas, abocla, urutaus, bacuraus, pardais, bem-te-vis e maritacas.
Em janeiro, ocorreu a soltura de 60 animais silvestres. O processo teve início no dia 21 com a liberação do macaco-prego Chico, que estava em tratamento desde setembro do ano passado, e de 59 aves. A soltura de primatas ocorre sempre em grupos.
No dia 22 de janeiro, 13 aves, incluindo tucanos, periquitos-reis e periquitos-do-encontro-amarelo, foram soltas. No dia 23 foi a vez de 36 aves como corujas, sabiás, jandaias, tucanos, quero-quero, gaviões e bem-te-vis. Antes, no dia 17, o Cetras RP devolveu a seu habitat natural a tamanduá-mirim Teka, nome dado pela equipe a filhote.