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Cetras prepara base de dados com animais da região  

A equipe técnica do Cetras já coletou o material (sangue, urina e fezes) de bugio (Reprodução)

O laboratório de análises clínicas do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) Morro de São Bento, localizado no Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio Barreto, em Ribeirão Preto, vem promovendo pesquisa de parasitas intestinais e sanguíneos dos animais que chegam ao local. A equipe técnica terá, em um ano, uma base de dados com todas as informações do ecossistema da região.

Os dados são de interesse zoonótico para subsidiar a soltura dos animais silvestres e garantir que os reabilitados não sejam fonte de contaminação ambiental por doenças que possam atingir humanos e bichos.  Dois animais serão reintroduzidos em habitat natural nesta sexta-feira, 18 de outubro.

A equipe técnica do Cetras já coletou o material (sangue, urina e fezes) de bugio preto e gato mourisco para a realização da análise. As informações vão compor o banco de dados.  Nesse contexto, visto que a malária é uma doença febril aguda cujo ciclo biológico envolve primatas e seres humanos, foi feita a análise parasitológica do sangue do bugio para a pesquisa de Plasmodium spp.

A pesquisa de hematozoários, ou seja, parasitas que ocorrem no sangue, é importante para que assegure a vigilância da ocorrência de patógenos que circulam nos ecossistemas e afetam a saúde humana e animal. Por outro lado, é determinante rastrear a origem dos animais e cruzar esses dados com os resultados laboratoriais.

Esse rastreio serve para demarcar as regiões que possam apresentar incidência para patógenos de importância médica e veterinária, o que impacta na escolha do local de soltura, pois se evita que indivíduo reabilitado retorne a um local em que o animal possa se reinfectar e amplificar a dispersão do parasita.

Assim, a soltura pode preconizar um local alternativo visando a diluição da carga parasitária na região de origem e, garantindo, um vazio sanitário que limite a disseminação de patógenos para os compartimentos ambientais. É fundamental que os animais vitimados sejam sempre direcionados aos empreendimentos da Rede Cetras do Estado de São Paulo.

Essas instituições vão elaborar a documentação da origem do animal e a realização de exames que permitirão a convalescência dos bichos o diagnóstico ambiental que subsidiará as solturas. O Cetras Morro de São Bento é uma das 26 unidades da rede do Estado de São Paulo, e o único com laboratório de análises clínicas instalado no empreendimento.

 

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