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Cetesb proíbe queimadas em SP 

Tempo seco, alta ocorrência de incêndios e baixa qualidade do ar favorecem o aumento de doenças respiratórias e cardiovasculares 

O Mapa de Risco de Incêndio de todo órgão indica nível de emergência para queimadas em quase todo território paulista até o próximo sábado (Paulo Pinto/Agência Brasil)

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) suspendeu, temporariamente, as autorizações de queima no estado. Somente poderão ser emitidas autorizações para queima prescrita que tenha por objetivo prevenir incêndios – criação de aceiros negros – ou mediante solicitação direta da Secretaria da Agricultura e Abastecimento com finalidade fitossanitária.

A medida é resultado do cenário de tempo seco, alta ocorrência de incêndios e baixa qualidade do ar que favorecem o aumento de doenças respiratórias e cardiovasculares. De acordo com a Defesa Civil, a baixa qualidade do ar ocasionada pelas queimadas se agrava pela atuação de uma massa de ar quente, seco e estável, aliada à ausência de chuvas, o que dificulta a dispersão dos poluentes.

O Mapa de Risco de Incêndio do órgão indica nível de emergência para queimadas em quase todo o território paulista até o próximo sábado, 14 de setembro. Segundo as informações do governo estadual, 41 das 57 estações medidoras do estado apontam nesta terça-feira (10) a qualidade do ar como “ruim” ou “muito ruim”.

Esse quadro pode provocar na população sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta, com falta de ar e respiração ofegante em casos mais graves. Os efeitos mais sérios podem aparecer em crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas.

Segundo os meteorologistas, a massa de ar seco vai persistir até o próximo sábado (14), provocando dias com temperaturas acima da média e baixa umidade do ar em grande parte do dia, o que aumenta o risco de queimadas e incêndios nas áreas vegetadas, e não favorece a dispersão dos poluentes, o que contribui para a péssima qualidade do ar.

Uma frente fria se aproxima do litoral paulista e deve elevar a umidade relativa do ar na faixa leste do estado, mas a situação muda pouco na região.  O número de focos de calor cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com 2023. Além disso, cerca de 8.049 propriedades rurais foram afetadas pelos incêndios em 317 municípios. O prejuízo estimado passa de R$ 1 bilhão, segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Ribeirão Preto ainda terá muito calor e baixa umidade relativa do ar durante esta semana, aumentando o risco de incêndios florestais que atingem a região o final de agosto. Segundo a Climatempo, a temperatura pode chegar a 40 graus Celsius no dia 20 de setembro, sexta-feira.

De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a qualidade do ar na cidade está “ruim” há cinco dias, desde sexta-feira, 6 de setembro. Entre os dias 2 e 5 estava “muito ruim”. No final de semana dos incêndios mais intensos, entre 24 e 25 de agosto, chegou a “péssima”, o pior nível de medição.

A fumaça e a fuligem das queimadas transformaram o dia em noite. Apesar da melhora, a cidade ainda convive com fumaça, poeira e fuligem. Até a coloração do Sol foi alterada. A situação só vai normalizar com chuva regular.  A região de Ribeirão Preto continua em estado de emergência para queimadas, baixa umidade e calor excessivo.

Alerta vermelho – O Inmet e a Defesa Civil emitiram alerta vermelho de emergência para Ribeirão Preto por causa da baixa umidade relativa do ar, que na quinta-feira (5) repetiu o índice de 10% registrado no dia 3. Na segunda-feira (9) chegou a 11%

A temperatura pode ficar até 5ºC acima da média até dia 20 de setembro, com máxima acima de 35ºC. O clima é de deserto em Ribeirão Preto, situação de emergência.  A umidade do ar deve permanecer abaixo de 20% até sábado (14), entre 14% e 17%, subindo para 23% no domingo (15).

Evite exercícios físicos e beba muita água, suco ou água de coco. Na quinta-feira, os termômetros marcaram 37,2 graus Celsius, a temperatura mais alta do ano, com mínima de 19ºC. A média nesta época do ano em Ribeirão Preto é de 29ºC.

OMS Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando a umidade fica abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado caso de emergência, o que pode agravar ainda mais a situação das queimadas.

Segundo dados atualizados às 19 horas de ontem pela Climatempo, nesta terça-feira (10) a mínima foi de 18ºC e a máxima de 35 graus Celsius, com 17% de umidade. Nesta quarta-feira (11), a temperatura oscila entre 20ºC e 36 graus e a umidade fica em 16%.

Na quinta-feira (12), a máxima também pode chegar a 36 graus, um Sol pra cada um, com mínima de 19ºC e umidade em apenas 15%. Na sexta-feira (13), os termômetros devem marcar entre 22ºC e 37ºC e a umidade despenca para 14%, bem abaixo do mínimo ideal de 60%.

No sábado (14), em Ribeirão Preto, a temperatura deve oscilar entre 23ºC e 37 graus, com a umidade em 17%. No domingo (15), fica entre 23ºC e 34ºC, com 23% de umidade. O cenário pode mudar de uma hora para outra, de acordo com as informações que chegam via satélite. A última chuva considerável em Ribeirão Preto na cidade ocorreu em meados de abril, quando um temporal derramou cerca de 100 milímetros na cidade.

 

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