Tribuna Ribeirão
Economia

Cesta básica sobe em 16 de 17 capitais

Cufa distribuía, em média, 450 cestas básicas por mês, doadas por pessoas físicas e empresas. Entretanto, neste começo de ano - janeiro – as doações caíram cerca de 85%, diminuindo o total de cestas para cerca de 70

O valor da cesta básica au­mentou em 16 das 17 capitais em janeiro deste ano. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do De­partamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio­econômicos (Dieese), Brasí­lia (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%) ti­veram as altas mais expressivas na variação mensal.

São Paulo, por sua vez, tem a cesta mais cara: R$ 713,86. Em seguida estão as cidades de Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673). Entre os municípios do Norte e Nordeste, que têm uma composição da cesta diferente, o custo mais barato foi observa­do em Aracaju, cujo valor ficou em R$ 507,82; João pessoa, R$ 538,65; e Salvador, R$ 540,01.

Na comparação com o mes­mo mês do ano passado, as maiores altas acumuladas foram registradas em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%). Entre os destaques no levantamento deste mês, o preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais analisadas na comparação com dezembro.

Segundo o Dieese, “a ex­pectativa de quebra da safra 2022/2023 e os menores esto­ques globais de café elevaram tanto os preços internacionais quanto os preços internos”. O açúcar também ficou em des­taque, com o valor do quilo mais alto em 15 capitais. Em Brasília, o custo do produto ficou 4,66% mais alto. Apenas Florianópolis e Porto Alegre tiveram queda, de 1,09% e 0,22%, respectivamente.

A entressafra é a justificati­va para o aumento dos preços. O óleo de soja ficou mais caro em 15 capitais, apenas Vitória e Aracaju tiveram baixa no pre­ço. Em Belém, que teve a maior variação, o custo do alimento aumentou 5,99%. O Dieese aponta que o clima pode afetar a soja no Brasil e que também há muita procura externa pelo grão e pelo óleo bruto.

A boa notícia ficou por con­ta da redução do preço do arroz agulhinha e do feijão. O preço do arroz recuou em 16 das 17 capi­tais pesquisadas. Em Vitória, no Espírito Santo, a queda alcançou 9,87%. No caso do feijão, o custo ficou mais barato em 12 capi­tais. “Para o tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Hori­zonte e São Paulo, as retrações oscilaram entre -8,44%, na capi­tal mineira, e -0,29%, em Araca­ju”, diz a nota do Dieese.

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