Tribuna Ribeirão
DestaqueEconomia

Cesta básica está 3,38% mais barata

A cesta básica em Ribeirão Preto está custando R$ 590,32 em setembro, desconto de R$ 20,66 e queda de 3,38% em relação aos R$ 610,98 de agosto, de acordo com o Índice Mensal divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) nesta segunda-feira, dia 25. Foi a terceira retração seguida em Ribeirão Preto.

De maio até setembro, a cesta básica em Ribeirão Preto acumula deflação de 8,41%, ante recuo de 5,96% de maio a agosto e 0,67% no trimestre entre maio e julho, depois de fechar o bimestre maio-junho com inflação acumulada de 4,16%. Em agosto, havia recuado 5,32% em comparação com julho, quando atingiu R$ 6455,33 (desconto de R$ 34,35).

Em julho, caiu 5,05% em relação a junho, quando chegou a R$ 679,67 – abatimento de R$ 34,34 –, mostrando que houve deflação no preço dos alimentos. No sexto mês do ano houve aumento de 1,02% em relação a maio, quando a cesta com os mesmos produtos custava, em média, R$ 672,82. De abril (R$ 649,72) para o mês seguinte, a alta foi de 3,56%, aporte de R$ 23,10.

O levantamento é feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) do Departamento de Relações Jurídicas e Institucionais, braço econômico da entidade, e não tem caráter fiscalizador. Os principais fatores para a queda do preço da cesta básica em setembro são a redução da cotação de grãos devido às safras recordes registradas e também do custo de insumos utilizados na pecuária, influenciando o preço final de carne e laticínios.

Dos 13 itens avaliados pelos pesquisadores do IEMB, dez tiveram redução de preço entre agosto e setembro. Os produtos com redução mais significativa este mês foram a batata inglesa (-20,06%) e o feijão carioca (-9,96%). Lucas Ribeiro, analista do instituto, diz que a queda nas cotações da batata e do feijão está ligada a um cenário típico para o período.

Ressalta que este cenário marca o início e intensificação das colheitas da estação que se encerra, especialmente para o grão. “A safra de Inverno, como é conhecida, corresponde, segundo a Embrapa, a 20% da produção nacional de feijão e, geralmente, é a mais produtiva, devido aos altos investimentos em insumos e tecnologia”, aponta Ribeiro.

Além disso, o aumento da oferta foi estimulado pela valorização do real perante o dólar, que afetou o preço das matérias-primas importadas. “Com isso houve um aumento na produção interna, mantendo o preço baixo nas prateleiras. Os países asiáticos, principais compradores de feijão, por questões culturais acabam preferindo o feijão-fradinho, o que também impacta no volume de exportação do feijão carioca”.

O grupo alimentar que mais pesa sobre as despesas do ribeirão-pretano, com 36,29% do valor total da cesta, é a carne. Frutas e legumes absorvem 27,34% do orçamento, seguidos dos farináceos (21,98%), laticínios (6,90%), leguminosas (4,07%), cereais (2,64%) e óleos (0,79%).

Entre os preços coletados, os produtos que apresentaram maior desvio padrão, isto é, aqueles que tiveram maior variação entre um estabelecimento e outro, foram a carne alcatra (R$ 4,40) e o café em pó (R$ 4,16). Assim como nos meses anteriores, a variância da carne e do café é devido ao fato de tais produtos serem commodities comercializadas em mercado futuro.

São contratos de diferentes vencimentos, de tal forma a serem mais voláteis e suscetíveis a choques e flutuações de preços. Em relação à carne, vale observar que a arroba do boi em agosto custava R$ 243,85 e até a data da pesquisa passou a custar R$ 209,85, justificando assim a queda e a variabilidade do produto nos mercados.

A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de setembro deste ano em onze supermercados/ hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central de Ribeirão Preto. Foram coletados os preços dos produtos que compõem a cesta de consumo segundo as provisões mínimas estipuladas pelo decreto-lei nº 399/38.
Zona Sul tem a cesta mais cara
A Zona Sul apresentou a kit mensal mais caro do município, de R$ 622,32, queda de 6,00% e R$ 39,72 em comparação com os R$ 662,04 de agosto, segundo o Instituto de Economia Maurílio Biagi da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). As mais em conta foram registradas nas regiões Norte e Oeste.

Na região Norte, caiu de R$ 607,91 para R$ 530,18, abatimento de R$ 77,73 e recuo de 12,79%. Na Zona Oeste, subiu de R$ 573,11 para R$ 579,85, acréscimo de R$ 6,74 e alta de 1,18%. Na região Leste, disparou de R$ 571,47 em agosto para R$ 614,91, aporte de R$ 43,44 e aumento de 7,60%. Na Central, baixou de R$ 649,12 para R$ 591,96, abatimento de R$ 57,15 e retração de 8,81%.

Dados do estudo – A cesta utilizada baseia-se no decreto lei nº 399, que regulamenta o salário -mínimo brasileiro e apresenta o tipo e a quantidade de alimentos de acordo com a região administrativa brasileira. O custo médio total de uma cesta de consumo alimentar capaz de atender as necessidades energéticas e nutricionais de um indivíduo em idade representa para o índice da Acirp o marco da linha de indigência na cidade.

A lista inclui alcatra bovina (6 kg), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 quilos), arroz branco tipo 1 (3 quilos), farinha de trigo (1,5 quilo), batata inglesa (6 quilos), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).

 

 



Postagens relacionadas

Fotógrafo que se envolveu em confusão com Galoppo tem suspensão revogada  

Redação 2

Prédio do Pedro II é pichado com expressão política

William Teodoro

Prazo para pedir reaplicação do Enem vai até 15 de novembro

Redação 2

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com