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Cesta básica cai para R$ 679  

Após cinco aumentos consecutivos, o preço da cesta básica em Ribeirão Preto registrou deflação de 3,34% em março: recuou de R$ 702,46 em fevereiro para R$ 679 (Tom-GF-Pexels)

Após cinco aumentos consecutivos, o preço da cesta básica em Ribeirão Preto registrou deflação de 3,34% em março, na comparação com o mês anterior. Recuou de R$ 702,46 para R$ 679, desconto de R$ 23,46. Em fevereiro, o preço do pacote de itens essenciais superou a barreira de R$ 700 pela primeira vez desde o início da série histórica, em maio do ano passado. Passou de R$ 675,74 em janeiro para R$ 702,46, acréscimo de R$ 26,72 e alta de 3,95%.  
 
O percentual de aumento em fevereiro (3.95%) também é o mais elevado da série até agora. A cidade abriu 2024 com reajuste de 3,89% em janeiro ante dezembro, quando o pacote de alimentos essenciais custava R$ 650,42, aporte de R$ 25,32. Em novembro, custava R$ 630,83. Ou seja, encerrou o ano passado com alta de 3,11% e despesa de mais R$ 19,59 para o consumidor. 
 
Já havia constatado alta de 3,70% em novembro, em relação aos R$ 612,02 de outubro, acréscimo de R$ 18,81. Em setembro chegou a R$ 590,32 – menor valor registrado desde maio, quando o Índice Mensal passou a ser divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp).  
 
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 26 de março. A coleta ocorreu no dia 15. Os analistas da Acirp percorreram 15 estabelecimentos: onze supermercados/hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões da cidade. 
 
Custava R$ 610,98 em agosto, R$ 645,33 em julho, R$ 679,67 em junho e R$ 672,82 em maio. O acumulado em 2023 foi de 0,91% em oito meses. Neste primeiro trimestre de 2024, ainda está em 5,96%, ante 9,62% até fevereiro. O levantamento é feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) do Departamento de Relações Jurídicas e Institucionais, braço econômico da Acirp, e não tem caráter fiscalizador.  
 
“Este mês, a deflação foi puxada pela queda nos preços de produtos que tiveram excesso de oferta em 2023, como a soja e derivados da pecuária bovina. Apesar disso, chama atenção ainda o crescimento no preço de produtos in natura, como frutas e legumes, reflexo dos impactos do El Niño sobre a produção agrícola”, aponta Lucas Ribeiro, analista do IEMB Acirp.  
 
O grupo alimentar que mais pesa sobre as despesas do ribeirão-pretano, com 34,2% do valor total da cesta, é o da carne, que em maio do ano passado consumia 40% da renda familiar. Frutas e legumes absorvem 31,7% do orçamento, seguidos dos farináceos (19,78%), laticínios (6,16%), leguminosas (4,98%), cereais (2,48%) e óleos (0,71%). 
 
Em relação ao poder de compra, considerando uma remuneração de R$ 1.412 (salário mínimo), deduzidos 7,52% de descontos da Previdência Social, tem-se que o piso líquido é na ordem de R$ 1.305,82, de tal modo que um trabalhador de média idade comprometeria cerca de 52% de sua renda apenas com gastos alimentares. Era de 53,79% em fevereiro 
 
A queda foi de 1,79 ponto percentual em um mês. Em carga horária, equivale a trabalhar 114,4 horas das 220 previstas na jornada do assalariado só para comprar comida, 3,95 horas a menos do que em fevereiro era de 118,35 no mês anterior. O reajuste de 6,97%do salário-mínimo ajudou a minimizar o impacto.  
 
O item com maior impacto no preço final da cesta básica em Ribeirão Preto foi a margarina com sal (-13,95%). A batata inglesa também teve uma redução importante (-11,59%). A queda do valor da carne alcatra é outro destaque (-6,04%). Na outra ponta, o tomate italiano subiu 18,46%, impedindo uma deflação maior em março.    
 
Entre os preços coletados, os produtos que apresentaram maior desvio padrão, isto é, aqueles que
tiveram maior variação de valor entre um estabelecimento e outro, são a alcatra (cerca de R$
7,22 de diferença), cujo quilo custa em média, R$ 38,71, e o café em pó (R$ 3,82), sendo que o preço médio do kg é de R$ 28,23. A diferença no preço do tomate italiano chega a R$ 2,53 (custa R$ 10,50 o quilo) e a batata inglesa registrou variação de R$ 2,20 (o quilo custa R$ 8,46).
 
 
Cesta básica é mais cara na região Leste
 
Depois de dois meses consecutivos, a região Central perdeu o posto de ter o kit mensal de alimentos mais caro de Ribeirão Preto. Em março, a Zona Leste aparece no topo da lista com valor médio de R$ 736,89, queda de 0,56% em relação aos R$ 741,02 de fevereiro, desconto de R$ 4,13.  
 
A Zona Norte tem a cesta básica mais barata da cidade. Caiu de R$ 643,67 em fevereiro para R$ 567,38 em março, recuo de 11,85% e abatimento de R$ 76,29. No Centro, a retração chega a 8,34%, de R$ 771,58 para R$ 707,22 neste mês, desconto de R$ 64,36.  
 
Na região Oeste de Ribeirão Preto, o valor da cesta básica de alimentos recuou 2,26% na passagem de fevereiro para março, de R$ 663,59 para R$ 648,61, abatimento de R$ 14,98. A Zona Sul foi a única a registrar aumento neste mês. O preço do kit saltou de R$ 713,69 para R$ 720,38, acréscimo de R$ 6,69 e alta de 0,94%.  
 
Dados do estudo – A cesta utilizada baseia-se no decreto lei nº 399, que regulamenta o salário mínimo brasileiro e apresenta o tipo e a quantidade de alimentos de acordo com a região administrativa brasileira. O custo médio total de uma cesta de consumo alimentar capaz de atender as necessidades energéticas e nutricionais de um indivíduo em idade representa para o índice da Acirp o marco da linha de indigência na cidade.  
 
A lista inclui alcatra b
ovina (6 kg), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 quilos), arroz branco tipo
1 (3 quilos), farinha de trigo (1,5 quilo), batata inglesa (6 quilos), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).
 
 
Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.  

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