Tribuna Ribeirão
Economia

Cerca de 62,4% das famílias têm dívidas

O endividamento das famílias brasileiras alcançou em março o maior patamar desde setembro de 2015, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O total de famílias endividadas subiu de 61,5% em fevereiro para 62,4% em março, um aumento de 0,9 ponto percentual e a terceira alta mensal consecutiva, de acordo com os da­dos da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Em março do ano passado, o indicador estava em 61,2%.

A inadimplência também aumentou no último mês. O total de famílias com dívidas ou contas em atraso cresceu de 23,1% em fevereiro para 23,4% em março. Em março de 2018, porém, a fatia de inadimplentes era mais elevada, de 25,2%. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso – e que, portanto, permaneceriam inadimplentes – aumentou de 9,2% em fevereiro para 9,4% em março deste ano. Em março do ano passado, o índice estava em 10,0%.

Segundo a CNC, a recuperação gradual das concessões de crédito e do consumo das famílias impul­siona o endividamento, mas houve impacto também da incidência dos gastos extras característicos de início de ano, ocasionando uma demanda maior por emprés­timos. “Entretanto, apesar da alta do porcentual de endividados, o comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas ficou estável, refletindo condições ainda favoráveis de juros e prazos”, lembrou Marianne Hanson, eco­nomista da CNC responsável pela pesquisa, em nota oficial.

Em março, as famílias endivi­dadas tinham, em média, 29,1% da renda comprometida com contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro ou seguro. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,8 meses. O cartão de crédito foi apontado como a principal fonte de dívida por 78,0% das famílias endividadas, seguido por carnês (14,4%) e financiamento de carro (10,0%).

O número de inadimplentes em Ribeirão Preto no ano passado estava em 253.260, cerca de 36,4% da população, estimada em 694.534, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti­ca (IBGE) – em janeiro saltou para 256,4 mil, quase 37% dos mora­dores, alta de 6,7% em compara­ção com o mesmo mês de 2018, segundo a Serasa Experian.

Dados apurados pelo Indica­dor de Inadimplência, da Confe­deração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apontam que em fevereiro o número de consumidores negativados cresceu 1,78% em comparação com o mesmo mês do ano passado, mas a quantidade de dívidas recuou 1,01%. O volume de pendências continua crescendo em dois setores específicos: o de bancos, com avanço de 2,04%; e o de água e luz, com aumento de 11,38%. Em contrapartida, comércio e comunicação regis­traram quedas de 6,91% e 9,57%, respectivamente.

Fevereiro fechou com aproxi­madamente 62,01 milhões de bra­sileiros com Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) negativados, o que representa 40,1% da população acima dos 18 anos. No Sudeste, região que compreende o maior contingente populacional, chegou a 26,63 milhões ou 39,9% da população adulta local. Quanto à estimativa por faixa etária, a maior frequência continua entre os que têm de 30 e 39 anos. Em fevereiro, mais da metade da população nesta faixa etária (51,1%) estava com o nome inscrito em alguma lista de devedores, somando um total de 17,59 milhões.

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