Parlamentares de partidos do chamado Centrão criticaram publicamente o governo nesta quarta-feira, 20, pela decisão de encaminhar ao Congresso a proposta de reforma da Previdência sem incluir no pacote entregue o projeto que altera as regras dos regimes previdenciários dos militares.
“A ausência dos militares das Forças Armadas na proposta de reforma da Previdência enviada por Bolsonaro à Câmara é um sinal ruim para a sociedade e pode dificultar o andamento da proposta entre os deputados”, escreveu o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do PRB e 1º vice-presidente da Câmara, em sua página no Twitter.
O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, escreveu também na rede social que uma reforma da Previdência que não inclua os militares, “não deveria sequer tramitar”. “A respeito da chegada da PEC da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, tenho a convicção de que, sem uma reforma que alcance também os militares, o texto apresentado não deveria sequer tramitar”, escreveu.
Além da desconfiança em relação à exclusão dos militares da reforma de Previdência, outra reclamação dos parlamentares é a falta de diálogo do governo com o Congresso para tratar do tema. Deputados reclamam que a proposta não foi apresentada a eles primeiro e a entrega oficial, feita pelo presidente Jair Bolsonaro, não contemplou a Casa como um todo.
Segundo o governo, a proposta que incluiu os militares será apresentada em até 30 dias, provavelmente no dia 20 de março.