Tribuna Ribeirão
Geral

Cemel/SVOI – SVOI atenderá em dias alternados

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O Serviço de Verificação de Óbitos do Interior de Ri­beirão Preto deixou de fazer necropsia aos sábados desde 11 de dezembro, e a partir de 27 de fevereiro atenderá dia sim, dia não. A informa­ção é do diretor do SVOI, médico Marco Aurélio Gui­marães, e também consta de ofício encaminhado nesta semana ao Conselho Regio­nal de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

O documento também foi enviado à Câmara de Verea­dores, em nome de Bertinho Scandiuzzi (PSDB), em respos­ta à solicitação do parlamen­tar, que questionou a situação do serviço em Ribeirão Preto. Segundo Guimarães, para que o atendimento não entre em colapso total seria necessário dobrar o número de médicos patologistas e técnicos em ne­cropsia, de seis para doze – seis para cada função.

O SVOI realiza necropsias em casos de morte sem violên­cia ou sem diagnóstico ante­rior (causas naturais), e ainda tem como atribuição a emissão da declaração de óbito para os casos de ocorrência domiciliar, quando não há cobertura do serviço de saúde. Atende nas dependências do Centro de Medicina Legal (Cemel).

É subordinado à Faculda­de de Medicina de Ribeirão Preto – ligada à Universidade de São Paulo (USP). Guima­rães diz que o SVOI não tem equipe para funcionar 24 ho­ras e não atende aos sábados por causa das regras previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Ele alerta que a reposição de profissionais é urgente por causa de afastamento por do­ença ou aposentadoria de ser­vidores. “São cargos que não podem ser preenchidos por profissionais alternativos”, diz o legista. Em 2019, uma Co­missão Especial de Estudos (CEE) foi instalada na Câ­mara para analisar a falta de funcionários e a redução do horário de atendimento devi­do à falta de funcionários.

Antes, a unidade atendia 24 horas, e passou a abrir das sete da manhã às 19 ho­ras. Quem revelou o déficit de mão de obra foi o próprio Marco Aurélio Guimarães, que havia deixado o cargo de diretor, função que exerceu anteriormente até agosto de 2018, sendo substituído por Simone Gusmão Ramos.

O primeiro ofício enviado à USP e ao Cremesp data de 6 de dezembro. Segundo o documento, com o pedido de demissão de uma médica pa­tologista foi necessária a sus­pensão do atendimento aos sábados, pois não é possível repor as atividades exercidas pela profissional.

Agora, o SVOI conta so­mente com três médicos patologistas para atuar na execução dos diferentes exa­mes necroscópicos. “O serviço poderá ainda ser mais afetado nos casos de férias, licenças ou afastamentos dos profissionais (médicos ou técnicos) ain­da vinculados ao SVOI, para cumprimento das exigências legais previstas na CLT”, afir­ma Marco Aurélio Guimarães no documento.

O diretor afirma, ainda, que a contratação de serviços terceirizados é inviável, tanto pela especialidade do trabalho a ser desenvolvido – necrop­sias – como pela irregulari­dade administrativa que seria gerada no caso de pagamento de serviços extraordinários pe­rante o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP).

“… informamos que, cada vez que houver uma situação limitante de funcionamento por ausência de funcionário médi­co ou técnico, em não havendo possibilidade de remanejamen­to de escala, haverá interrupção na execução dos exames necros­cópicos por parte do SVOI, até adequação da escala de funcio­namento de forma definitiva”, diz outro trecho do ofício.

E conclui: “Reiteramos que não há mais espaço nem tempo para soluções provi­sórias, uma vez que se fazem agora, emergenciais. Lamenta­mos profundamente esta situa­ção que foge ao nosso controle e capacidade administrativa”.

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