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Celso Sabino vai para o Turismo

MYKE SENA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) será o novo ministro do Turismo do governo Lula. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 13 de julho, após a novela da saída de Daniela Carneiro da pasta que se alonga por mais de um mês. A mudança ocor­re depois da pressão do Cen­trão por mais espaço na atual gestão em troca de apoio a projetos no Congresso.

Em nota, o Planalto infor­mou que Lula teve reunião com Sabino e a nomeação para o Turismo sairá no Diário Ofi­cial nos próximos dias. Daniela ficou no cargo por pouco mais de seis meses e ganhou duas sobrevidas à frente do minis­tério enquanto o governo não fechava a negociação com o União Brasil. Na última sex­ta-feira (7), o ministro das Re­lações Institucionais, Alexan­dre Padilha, informou que ela pode assumir a vice-liderança do governo na Câmara.

Eleito pelo PSDB em 2018, Sabino deixou a legenda após se alinhar ao governo do ex­-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defender que o partido apoiasse Arthur Lira (PP-AL) em vez do ribeirão-pretano Baleia Rossi (MDB-SP), então candidato de Rodrigo Maia. A decisão do deputado de apoiar o candidato do governo à pre­sidência da Câmara culminou com a abertura de um proces­so de expulsão da sigla.

A troca no Ministério do Turismo virou uma meta da ar­ticulação do governo depois de derrotas e riscos para o Planalto em votações na Câmara. Com uma bancada de 59 deputados, o União Brasil foi cobrado a en­tregar mais votos para pautas de interesse do Executivo, porque já tinha sido contemplado com três ministérios na formação do governo: Turismo, Comu­nicações e Desenvolvimento Regional. Mas a bancada do União na Câmara respondeu aos articuladores do presidente que não tinha sido responsável pela indicação de nenhum des­ses ministros.

Daniela Carneiro era trata­da como uma escolha pessoal de Lula, enquanto Desenvol­vimento Regional é considera­do uma indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP). Só a pasta de Comunicações é vista como uma premiação aos deputados do União. Como re­correu à Justiça Eleitoral para deixar o União Brasil, o partido passou a pressionar o Planalto para trocá-la por Sabino. Padi­lha chegou a prometer que Lula faria essa mudança até o dia 21 de julho, mas a ministra conse­guiu adiar o desembarque e ne­gociar recompensas para uma espécie de “saída honrosa”.

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