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CEE vai analisar a gestão do lixo

ALEXANDRE DE AZEVEDO

A Câmara de Ribeirão Preto instalou uma Comissão Especial de Estudos (CEE) pra analisar a gestão dos re­síduos sólidos na cidade. A proposta partiu do vereador Marcos Papa (Cidadania) e foi aprovada na sessão de 10 de fevereiro. Também terá como membros Luís Anto­nio França (PSB) e Judeti Zili (PT, Coletivo Popular).

De acordo com Marcos Papa, entre os anos de 2014 e 2019, os resíduos da coleta seletiva na cidade represen­taram apenas uma média de 0,27% do recolhimento geral de lixo, índice bem abaixo do previsto no cenário do Programa de Coleta Seletiva estabelecido pela lei comple­mentar número 2.538/2013.

O vereador ressalta que o novo programa de sanea­mento do município, que tem como um de seus tópicos o Plano Integrado de Resídu­os Sólidos, ainda passa por revisão na prefeitura de Ri­beirão Preto e não foi enca­minhado à Câmara, por isso a necessidade de se discutir e agilizar o assunto.

Segundo a prefeitura, o serviço de coleta seletiva em Ribeirão Preto, que estava sus­penso há pelo menos quatro meses, foi retomado no dia 7 de fevereiro, com a ampliação para 144 bairros e o recolhi­mento de recicláveis na porta de residências e comércios.

O serviço estava suspen­so havia pelo menos quatro meses porque o contrato com a empresa Morhena Coleta e Engenharia Ambiental Ltda., com validade de doze meses, venceu em setembro do ano passado. Segundo o pregão eletrônico nº 0273/2021, a vencedora da nova licitação é a empresa Carvalho Multisser­viços Eireli. O valor oferecido é de R$ 1.180.998 pelo período de doze meses.

O governo municipal afir­ma que a relação de bairros e horários da coleta seletiva está disponível no portal da prefei­tura, pelo site Recicla Ribeirão (https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/recicla/coleta-seleti­va#coleta-seletiva) juntamente com outras informações rele­vantes sobre o assunto. Os mo­radores de bairros não aten­didos podem utilizar um dos quatro ecopontos da cidade.

Há ecopontos no Jardim Alexandre Balbo (avenida Ettore e Aurora Coraucci nº 1.375), Jardim Centenário (rua Arthur Ramos nº 1.185), Jar­dim Santos Dumont (rua Gua­rá nº 2.225) e o do Jardim das Palmeiras II (rua Poeta Fer­nando Pessoa com a avenida Alfredo Ravanelli).

Ou no posto de coleta ins­talado no Parque Doutor Luis Carlos Raya, no Jardim Botâ­nico, Zona Sul. Os materiais recicláveis devem ser coloca­dos em uma sacola separada do lixo convencional e depo­sitados na frente do imóvel no dia específico da coleta seleti­va, que ocorre em data diferen­te da coleta convencional. Não há necessidade de separação por tipo de material (plástico, metal, papel, vidro).

Porém, é recomendado que os itens estejam limpos antes de serem colocados no mes­mo recipiente. Separar correta­mente o material reciclável do lixo convencional é importan­te para garantir que possa ser aproveitado. Diariamente, são geradas em Ribeirão Preto cer­ca de 650 toneladas de resíduos sólidos urbanos.

Estudos apontam que apro­ximadamente 45% desses resí­duos são recicláveis, ou seja, são resíduos que podem ser separa­dos e transformados em novos produtos, diminuindo a retirada de matéria-prima da natureza e possibilitando o fortalecimento de uma economia circular.

Região se une por destinação do lixo
Em 5 de maio do ano passado, a prefeitura de Ribeirão Preto, o Consórcio de Municípios da Mogiana (CMM), a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia (SPPI), o Ministério do Desenvolvimento Regional e a Caixa Econô­mica Federal assinaram o Contrato de Estruturação da Concessão de Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) com o Fundo Federal de apoio à Estruturação de Parcerias Público-Privadas (FEP).

A medida possibilitará a contratação de serviços técnicos especia­lizados para a estruturação do projeto de coleta de resíduos sólidos em 20 cidades da região de Ribeirão Preto. Contempla Barrinha, Cravinhos, Dumont, Guará, Ipuã, Jaboticabal, Jardinópolis, Luís An­tônio, Morro Agudo, Pitangueiras, Pradópolis, Ribeirão Preto, Rincão, Santa Lúcia, São Joaquim da Barra, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho e Taquaritinga.

O projeto beneficiará cerca de 1,4 milhão de pessoas quando da sua implantação e receberá R$ 8,88 milhões de investimentos. Com a assinatura do contrato, teve início o processo de contratação dos técnicos especializados para dar início aos estudos. Via reaproveita­mento e a destinação conjunta dos resíduos sólidos produzidos por estes municípios.

Este estudo irá indicar a área mais viável para a instalação de uma planta de tratamento de resíduos que atenderá os 20 municípios contempla­dos no projeto. Caberá ao estudo a formatação da modelagem a ser usada, por exemplo, geração de energia, gás e compostagem.

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