“Falei bom dia e ninguém respondeu,” revelou o técnico Roberto Cavalo, que ontem foi apresentado oficialmente pelo Botafogo. “Foi esse o clima que encontrei entre os jogadores quando cheguei,” explica. “Havia timidez entre eles, estavam cabisbaixos” constatou. “Exigi evolução psicológica do elenco, pois cabe ao treinador cobrar isso também,” afirmou.
Roberto Cavalo, que foi anunciado não apenas para o Paulistão, mas para toda a temporada, que inclui a Série B do Brasileiro, mostrou-se franco e projetou uma equipe com mais confiança e com mudanças táticas para enfrentar o Corinthians, domingo, no Santa Cruz, no começo da Via Sacra de cinco partidas decisivas para o Pantera.
Direto ao assunto, ele não desconversa e já esboça uma equipe com três zagueiros (Plínio, Naylhor e Ednei), e com o ataque com um homem de referência, que poderá ser Rafael Costa, no lugar de Bruno Moraes, o General. Outra novidade foi Pimentinha entre os reservas. “Quando o time não marca, sobrecarrega a defesa, então precisamos de uma marcação mais adequada, mas isso não quer dizer que iremos jogar com medo e para empatar,” salientou.
O novo comandante chamou a atenção para o fato de o ataque panterino não marcar gols: seis em sete rodadas, e sete gols sofridos. “O principal artilheiro do time marcou dois gols e de pênaltis,” observou. “Há uma grande dificuldade de finalização e isso precisa ser corrigido,” advertiu. “Quero um time que faça gols, que tenha coragem de jogar,“ disse.
Roberto Cavalo não gosta de treino fechado, ao contrário, faz questão de mostrar a equipe que treina. Também destaca que gosta de dar oportunidade a quem merece e quer o Botafogo jogando com intensidade as cinco últimas partidas da fase de classificação do Paulista, contra Corinthians, Ponte Preta, Bragantino, Mirassol e Santos.
“De uma coisa a torcida pode ter certeza: ninguém vai gritar das arquibancadas pedindo para que os jogadores tenham raça, pois exijo isso deles desde os treinamentos,” finalizou.