A Secretaria Municipal de Esportes informa, por meio de nota enviada à imprensa, que o polo aquático do Complexo Elba de Pádua Lima – “Tim”, a popular Cava do Bosque, ficará fechado por 60 dias a partir desta quinta-feira, 14 de novembro, para a instalação de 18 aquecedores na piscina olímpica e do gradil de segurança.
“O polo aquático da Cava do Bosque ficará fechado pelos próximos 60 dias para a instalação dos trocadores de calor e gradil de segurança. A interdição é necessária para manter a segurança dos usuários, pois toda a área do parque aquático estará em obras. As atividades serão retomadas assim que a empresa responsável pela obra, Resina Engenharia, entregar as melhorias realizadas”, diz a nota.
Em 4 de novembro, o Ministério da Cidadania emitiu a ordem bancária para a prefeitura de Ribeirão Preto garantindo o repasse de R$ 207.639,86 para custear a implantação de todo o sistema a e instalação do gradil no complexo esportivo. O montante representa quase 85% dos R$ 244.880,44 anunciados pela administração no edital de licitação que acabou revogado em 22 de julho por desistência das duas empresas vencedoras do certame.
A notícia da liberação da verba foi bem recebida pelo vereador Igor Oliveira (MDB). Foi ele quem intermediou o recurso junto ao ministério em 2017 ao lado do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP). A Secretaria Municipal de Esportes aguardava a Caixa Econômica Federal autorizar o início da obra. O prazo para o término das intervenções é de 60 dias. A Resina Engenharia terá de reformar e modernizar o polo aquático do local.
A piscina da Cava do Bosque é utilizada pela equipe de polo aquático e alunos da escola de natação, que terão água quente em 2020. Em julho, as duas empresas habilitadas e homologadas para as obras desistiram do processo. A desistência da Rontech, que faria a instalação dos 18 aquecedores, ocorreu por causa da necessidade de revisão das planilhas aprovadas pela gestora do contrato, isto é, a Caixa Econômica Federal.
Já a Alessi & Novaes, que instalaria os gradis de proteção em todo o complexo aquático, desistiu tendo em vista “a necessidade de nova contratação antes de receber a ordem de início dos serviços”. O valor do contrato para instalação dos 18 aquecedores era de R$ 145.484,00 e o dos gradis, de R$ 99.396,44.
A novela dos 18 aquecedores que serão instalados nas piscinas da Cava do Bosque começou em 2014, ainda na gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido) e continuou no governo Duarte Nogueira Júnior (PSDB). Desde que os 18 aparelhos foram doados, cinco processos para instalação dos aparelhos foram feitos, mas nenhum foi concluído.
Só para exemplificar, em 27 de abril de 2017 a prefeitura divulgou, em seu portal, que para garantir o treino de atletas e alunos das aulas de esportes aquáticos durante o inverno, por meio da Secretaria Municipal de Esportes, garantiu a volta dos 18 aquecedores doados pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). Por não terem sido instalados, em 2015 o Sesi cancelou a doação e levou os aquecedores para a cidade de Rio Claro, também no interior paulista.
Em 2017, a prefeitura garantiu que a instalação dos equipamentos seria realizada por meio de verba proveniente da iniciativa privada ou de emenda parlamentar no valor de aproximadamente R$ 150 mil. Naquele ano, o deputado federal Baleia Rossi (MDB) e o vereador Igor Oliveira (MDB) anunciaram a conquista destes recursos.