Segundo os dados do levantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgados pela Secretaria de Estado da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), a incidência de crimes contra o patrimônio recuou no primeiro bimestre deste ano, mas houve mais homicídios e estupros em comparação com o mesmo período de 2020.
Ribeirão Preto registrou oito homicídios no primeiro bimestre deste ano, cinco em janeiro e três em fevereiro, contra cinco do mesmo período de 2020 (quatro em janeiro e um em fevereiro), três a mais e alta de 60%. Significa uma morte a cada sete dias em 2021. A cidade fechou o ano passado com 49 homicídios, um a cada sete dias e meio, alta de 16,6% em relação aos 42 do mesmo período de 2019. A taxa de casos por 100 mil habitantes subiu de 5,84 para 6,62.
Não houve latrocínio – roubo seguido de morte – em 2021, mas no ano passado foi registrado um caso em fevereiro. Em 2020 inteiro foram quatro ocorrências. Somando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou o ano passado com 53 assassinatos, cerca de um a cada sete dias e meio, nove a mais do que os 44 de 2019, alta de 20,4%.
A ocorrência de estupros no primeiro bimestre deste ano é 333,3% superior. São 26 casos (13 em cada mês) contra seis do mesmo período de 2020 (cinco em janeiro e um em pandemia), ou seja, 20 a mais. A média é de um a cada dois dias e meio. Quinze crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime, 57,7% do total. Esse tipo de crime despencou 24,3% no ano passado, de 74 para 56 casos, 18 a menos em doze meses. Em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).
Os furtos de veículos recuaram 13,4% no primeiro bimestre deste ano, de 253 (foram 130 em janeiro e 123 em fevereiro) para 219 (são 107 no primeiro mês e 112 no segundo). São 34 a menos e a média diária caiu de quatro para três. A queda foi de 32,4% em 2020 – baixou de 1.695 em 2019 para 1.146, ou 549 a menos. A média diária caiu para três casos. Os roubos de veículos caíram 22,3%, de 85 (em 2020 foram 50 em janeiro e 35 em fevereiro) para 66 (com 36 e 30, respectivamente), 19 a menos. A média é pouco superior a um por dia.
No ano passado, os roubos de veículos caíram 36,7%, de 569 ocorrências para 360, ou 209 em onze meses de 2020. A média baixou para menos de um (0,9) por dia. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes caiu de 330,49 para 216,89. Já os casos por 100 mil veículos recuou de 416,51 para 273,73. A de furto por 100 mil veículos caiu de 311,83 para 208,30 e o de roubo por 100 mil veículos baixou de 104,68 para 65,43 no ano passado.
O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar aumentou 19,3% no primeiro bimestre deste ano, quando 99 foram devolvidos aos donos (40 em janeiro e 59 em fevereiro), contra 83 do mesmo período de 2020 (foram 33 e 50, respectivamente). São 16 a mais. A média também é pouco superior a um por dia. Em 2020, recuou 59,4%, de 873 em doze meses de 2019 para 354. São 519 a menos. A média diária recuou para menos de um (0,9).
Os casos de furtos em geral recuaram de 1.566 no primeiro bimestre de 2020 (75 em janeiro e 801 em fevereiro) para 1.067 este ano (foram 531 no primeiro mês e 536 no segundo), queda de 31,8%. São 499 a menos. A média diária baixou de 26 para 18. Em 2020, essas ocorrências recuaram 30%. A incidência baixou de 8.823 em 2019 para 6.176, redução de 2.647. A média diária caiu para 17. A taxa despencou de 1.287,94 para 889,44 por 100 mil habitantes.
As ocorrências de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – caíram de 457 em 59 dias de 2020 (foram 241 em janeiro e 216 em fevereiro) para 358 no mesmo período de 2021 (são 185 no primeiro mês e 173 no segundo). São 99 a menos e queda de 21,7%, com média diária de seis. A retração em 2020 foi de 35,4%. Caiu de 2.977 em doze meses de 2019 para 1.922 no ano passado, com 1.055 a menos. A média diária baixou para cinco. A taxa caiu de 434,57 para 276,80 por 100 mil habitantes.