Segundo as estatísticas criminais divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) nesta quarta-feira, 25 de outubro, as ocorrências envolvendo denúncias de estupro dispararam em Ribeirão Preto neste ano e também avançaram em setembro na comparação mensal.
De 1º de janeiro a 30 de setembro foram denunciados 147 casos, contra 97 do mesmo período de 2022. São 50 a mais e alta de 51,54%. Na comparação entre agosto e setembro, houve aumento de 21,43%, de 14 para 17, três a mais. A maioria das ocorrências foi registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Os 24 casos de janeiro representam o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada, em 2001. Até então, a quantidade mais elevada de ocorrências havia sido registrada em agosto de 2021, com 19 casos, marca agora igualada em março deste ano. Abril e setembro detêm a terceira posição com 17.
Dos 147 ataques consumados este ano, em Ribeirão Preto, 106 envolvem crianças ou adolescentes, que estão nos grupo dos “vulneráveis”, 72,1% do total. A média é de um crime a cada 45 horas. No ano passado foram registrados 141 casos. Na comparação com os 132 de 2021, são nove a mais e alta de 6,82%.
A média em 2022 é de aproximadamente um caso a cada 262 horas. Dos 141 estupros do ano passado, em 905 as vítimas eram crianças ou adolescentes, 63,83%. Ao contrário dos crimes contra o patrimônio, este tipo de atentado só pode ser evitado se a vítima denunciar.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo diz que os casos de estupro podem ser denunciados na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e que este tipo de crime está relacionado à implantação de políticas públicas por parte dos municípios e do estado.
O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. De acordo com especialistas no tema, o número real de casos pode ser até quatro vezes maior do que o registrado atualmente, já que grande parte dos crimes acontece no ambiente familiar, que dificulta o flagrante e as denúncias.
Homicídios – Ribeirão Preto registrou 33 homicídios nos primeiros nove meses do ano passado, contra 30 deste ano, três a menos e queda de 9,09%. Na comparação mensal houve estabilidade, quatro casos em agosto e quatro em setembro. Houve um latrocínio nos primeiros oito meses de 2022, contra dois deste ano, alta de 100% e um a mais. Ou seja, já são 32 mortes violentas em 2023.
No balanço anual, caiu 7,1%, de 56 em 2021 para 52 no ano passado, quatro a menos. A média em 2022 é de um caso a cada sete dias e meio. A taxa de casos por 100 mil habitantes no ano passado foi de 6.95, após subir de 6.62 em 2020 para 7.69 em 2021, a maior desde 2016, de 7.79. Em fevereiro e dezembro do ano passado houve latrocínios – roubo seguido de morte.
Criminalidade recua em RP
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) divulgou o balanço mensal das “Estatísticas da Criminalidade”, com atualização dos dados do ano passado. Os casos de furtos de veículos e de roubos em geral recuaram em nove meses – esta modalidade teve leve alta em setembro, mas a primeira caiu. Furtos de carros, motos, caminhões, vans e afins baixaram no ano e na comparação mensal. Roubo de veículos ficou estável em relação a 2022, com retração no mês
Furtos em geral – Os casos de furtos em geral cresceram 4,37% nos primeiros nove meses deste ano, de 7.070 em 2022 para 7.379, média de 27 por dia e 309 a mais. Na comparação entre agosto e setembro, despencou de 972 para 834, queda de 14,2% e 138 ocorrências a mais.
Os casos de furtos em geral somaram 9.452 no ano passado, alta de 25,06% em relação aos 7.558 do período anterior, 1.894 a mais. A taxa disparou de 1.097,12 em 2021 para 1.219,03 por 100 mil habitantes no ano passado. Era de 889,44 em 2020 e de 1.287,94 em 2019, segundo a SSP-SP.
Roubos – As ocorrências de roubo recuaram 7,36% nos nove primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2022, de 1.929 para 1.787. São 142a menos. A média diária de assaltos está em seis. Houve alta de 4,17% em setembro em relação a agosto, de 144 para 150. São seis a mais.
As ocorrências de roubo avançaram de 2.536 em 2021 para 2.592 no ano passado, alta de apenas 2,21% e 56 a mais. A taxa passou de 368,13 em 2021 para 347,16 por 100 mil habitantes em 2022. A Secretaria de Segurança Pública e as Polícias Civil e Militar pedem à população que registre boletim de ocorrência.
Veículos – Os furtos de veículos recuaram de 1.281 em nove meses de 2022 para 1.023 no mesmo período deste ano, 258 a menos e queda de 20,14%. A média é de quase quatro casos por dia. Caiu 12,3% na passagem de agosto para setembro, de 122 para 107, quinze a menos.
Os furtos de veículos somaram 1.731 no ano passado, contra 1.717 de 2021, alta de apenas 0,81% e 14 ocorrências a mais. Os roubos de veículos ficaram estáveis: 307 nos primeiros nove meses de cada ano, média pouco superior a um por dia. Na passagem de agosto para setembro, recuou 43,90%, de 41 para 23.; São 18 a menos.
Os roubos de veículo avançaram 8,29% em 365 d
ias do ano passado na comparação com 2021, de 398 para 431. São 33 a mais, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A taxa de furto e roubo de veículos por 100 mil habitantes fechou 2022 em 290,85, ante 307,01 em 2021.
Já os casos por 100 mil veículos foram de 373,76 no ano passado, contra 378,26 no período anterior. A taxa de furto por 100 mil veículos fechou 2022 em 303,32, contra 307,08 em 2021. A taxa de roubo por 100 mil veículos encerrou o ano passado em 70,44%, ante 71,18 no período anterior.
Recuperação de veículos – O índice de recuperação de veículos pelas Polícias Civil e Militar saltou de 515 em nove meses de 2022 para 581 neste ano, 66 a mais e alta de 12,82%. Na comparação entre agosto e setembro, recuou de 77 para 65. São doze a menos e queda de 15,58%. A média diária é de dois por dia. O total de 768 no ano passado é 23,1% superior aos 624 do mesmo período de 2021. São 144 a mais.