Tribuna Ribeirão
Saúde

Casos de dengue sobem a 10.443

Ribeirão Preto ultrapassou o total de casos de dengue re­gistrado em 2022. As 10.443 ocorrências de 2023 estão 39,57% acima das 7.482 do ano passado. São 2.961 vítimas do mosquito Aedes aegypti – ve­tor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – a mais. A situação preocupa porque os dados compreendem um perí­odo inferior a seis meses, entre 1º de janeiro e 28 de junho.

A cidade já enfrenta nova epidemia. São cinco mortes em decorrência da doença em 2023, três em março e duas em abril. Os dados do painel da pasta mostram que o muni­cípio soma 4.473 casos a mais que os 5.970 dos cinco primei­ros meses do ano passado, alta de 74,92%. A média em 2023 é de 58 por dia, um a cada 25 minutos. Com a chegada do inverno e do clima seco, houve desaceleração na cidade.

Em uma semana foram confirmadas mais 431 vítimas do vetor, ante 898 do período anterior. Ainda há 19.064 em investigação. Ribeirão Preto fechou 2022 com 20 ocorrên­cias diárias, em média. O vo­lume de chuva bateu recordes no município no verão e início de outono. Somado à falta de atenção e cuidado da popula­ção, propiciou o surgimento de criadouros e a proliferação do mosquito Aedes aegypti. São 321 casos de dengue em junho.

Na comparação mensal, a tendência é de queda com a chegada do outono e inverno, estações mais secas. Em maio são 2.425, contra 2.214 do mesmo período do ano pas­sado, 211 a mais, avanço de 9,53%. Em relação a abril des­te ano, que soma 3.903 casos, a queda chega a 37,87%. São 1.478 a menos.

O município teve 400 em ja­neiro, 893 em fevereiro e 2.501 em março. O número de casos de dengue no ano passado, em Ribeirão Preto, é 20 vezes su­perior ao total de 2021 inteiro. Entre 1º de janeiro e 31 de de­zembro, a cidade contabilizava 7.482 vítimas do mosquito Ae­des aegypti, contra 360 de 2021. São 7.122 a mais em 2022 e alta de 1.978%. Os números mu­dam toda semana.

Alerta
O aumento de casos da doença acende o sinal de alerta na cidade. Em 2021, o número de casos despencou em Ribeirão Preto, na compa­ração com o ano anterior. Se­gundo dados do Boletim Epi­demiológico, divulgado pela Secretaria Municipal da Saú­de, em 2020 foram registra­dos 17.606. Ou seja, a queda é de 98%, ou 17.246 a menos.

Faixa etária
A última vez que Ribeirão Preto declarou epidemia de dengue havia sido há três anos, na primeira metade de 2020, a sexta em pouco mais de uma década. Na época, a média di­ária de pessoas diagnosticadas com o vírus transmitido pelo Aedes aegypti em 365 dias foi de 48, duas por hora.

Neste ano, das 10.443 víti­mas, 3.652 pessoas têm entre 20 e 39 anos, outras 2.537 es­tão na faixa dos 40 a 59 anos, 1.781 estão entre 10 e 19 anos, 1.219 têm mais de 60 anos, 883 são crianças de 5 a 9 anos, 314 têm entre 1 e 4 anos e 57 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.585 casos na Zona Leste, 2.318 na Oeste, 1.709 na Norte, 1.545 na Sul e 1.228 na Central, além de 58 sem identificação de distrito.

Chikungunya
Em 14 anos, Ribeirão Pre­to já registrou 159.275 casos de dengue. Em 2021, teve dois casos de febre chikungunya importados da Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, e Goiânia, capital do Estado de Goiás. Em 2022 foram cinco ocorrências, quatro importa­das. Neste ano são 48 casos, doze importados.

Não há casos de zika vírus e febre amarela em 2021, 2022 e neste ano. Em 2019, a cidade registrou 79 casos de sarampo. Em 2020, mais quatro, totalizan­do 83 desde então. Não há ocor­rências nos três últimos anos. Oitenta por cento dos focos de dengue estão dentro das casas da cidade. A prefeitura tem realiza­do vários mutirões para recolher criadouros do vetor, mas a po­pulação tem de colaborar.

A Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde tem visi­tado imóveis e realizado mu­tirões em todas as regiões da cidade, orientando moradores sobre o risco de deixar a céu aberto recipientes que pos­sam acumular água e servir de criadouro do Aedes aegypti, além de recolher material in­servível. Porém, para acabar com a dengue a população tem que colaborar.

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