Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue. Nesta quarta-feira, 2 de outubro, a Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade superou 42.000 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.
As 42.094 ocorrências deste ano já são o maior volume da história da cidade, superando em 20,12% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 7.051 a mais em menos de dez meses, além de 59.491 sob investigação. Também já soma 29.792 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 242,17%. Uma semana atrás, até 2 de outubro, eram 41.960.
Em sete dias, o Aedes aegypti fez apenas 134 vítimas, aumento de 0,32%. Na semana anterior, entre 25 de setembro e 2 de outubro, a alta havia sido de apenas 0,48%, de 41.761 para 41.960. O menor volume semanal é do período entre 18 e 25 de setembro, com 41 casos novos, aumento de 0,1%.
O número de casos vem caindo desde o inverno – época de baixa umidade relativa do ar e estiagem – e a tendência deve continuar na primavera, até novembro, quando começa a época das chuvas. A população não pode baixar a guarda. Ribeirão Preto já registrou 21 mortes em decorrência de dengue em 2024.
São duas em janeiro, seis em fevereiro, duas em março, uma em abril, cinco em maio e quatro em junho e uma em agosto, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Em menos de oito anos já são 44 óbitos. Em menos de dez meses, a cidade já superou em 133,33% o número de mortes no ano passado – foram nove óbitos em 2023.
A média diária de casos neste ano é de 149 ocorrências, uma a cada nove minutos e 30 segundos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e esta quarta-feira, 9 de outubro. São 210 notificações de casos suspeitos por dia, cerca de uma a cada seis minutos e 40 segundos. Há três ocorrências em outubro. Fechou setembro com 160, contra 438 em agosto, queda de 63,47% e 278 a menos.
Em comparação com o mesmo mês de 2023, quando 82 pessoas pegaram dengue, são 78 a mais, alta de 95,12%. Em relação aos 11.183 casos de dengue dos primeiros dez meses do ano passado, já são 30.911 a mais em 2024, avanço de 276,41% em apenas 283 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais
Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.302 casos de dengue (dado revisado), 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 202.959 casos de dengue. Há 247 ocorrências de febre chikungunya em 2024, dezenove importadas. No ano passado, foram 121, sendo 106 autóctones.
Faixa etária – No ano passado, das 12.302 vítimas, 4.454 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.033 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.029 estão entre 10 e 19 anos, 1.455 têm mais 60 anos, 949 são crianças de 5 a 9 anos, 321 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.906 casos na Zona Leste, 2.896 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.461 na Central.
Neste ano, 15.430 têm entre 20 e 39, outras 10.221 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 6.799 estão entre 10 e 19 anos, 5.106 têm mais 60 anos, 2.976 são crianças de 5 a 9 anos, 1.295 têm entre 1 e 4 anos e 267 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 12.033 casos na Zona Leste, 10.253 na Oeste, 8.6110 na Norte, 6.247 na Sul e 4.940 na Central, além de dez ainda sem identificação de distrito.
Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. A maioria está em vasos, pneus e ralos. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis. São mais de 100 toneladas em pouco mais de seis meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 12.302
2024 – 42.094
Total desde 2009: 202.959
* Até 9 de outubro
Eliminação do Aedes aegypti
• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a pres