Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue, desta vez de nível 2. Nesta quarta-feira, 8 de maio, a Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade ultrapassou a barreira de 20.000 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.
Já é o maior volume em oito anos, desde 2016, quando a dengue atingiu 35.043 pessoas. São 20.087 ocorrências em 2024, além de 35.814 sob investigação, 7.785 a mais que as 12.302 de 2023 inteiro, aumento de 63,28% em menos de cinco meses. Uma semana atrás, até 2 de maio, eram 18.850. Em sete dias, o Aedes aegypti fez mais 1.237 vítimas, aumento de 6,56%.
Na semana anterior, a alta havia sido de 13,28%, de 16.640 para 18.850, mais 2.210 casos. Com a estiagem que já dura quase um mês, o ritmo de avanço da doença desacelerou. Entre 17 e 24 de abril, o aumento foi de 15,54%, com 2.238 casos a mais. A população não pode baixar a guarda.
Seis mortes já foram confirmadas este ano, duas em janeiro, três em fevereiro e uma em março. Outros quatro óbitos estão sob investigação. Foram nove no ano passado – três em março, duas em abril, duas em maio, uma em junho e uma em dezembro. Em menos de seis anos já são 29 vítimas fatais da doença.
A média diária de casos neste ano é de 157 ocorrências, cerca de uma a cada nove minutos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e 7 de maio. São 280 notificações de casos suspeitos por dia, cerca de uma a cada cinco minutos.
São 58 casos em maio. Fechou abril com 3.046 casos confirmados, 102 por dia, um a cada 14 minutos. Caiu 61,69% em relação aos 7.950 de março, 4.904 a menos. Encerrou fevereiro com 6.027 e janeiro com 3.006. Na comparação com abril de 2023, quando 3.603 pessoas pegaram dengue, a queda chega a 15,46%. São 557 a menos.
Em comparação com os 10.091 casos de dengue dos primeiros cinco meses do ano passado, já são 9.996 a mais, avanço de 99,06% em apenas 128 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais
O índice predial de infestação larvária no início do ano era de 12%. Significa que a cada 100 casas visitadas em Ribeirão Preto, em doze foram encontrados criadouros do Aedes aegypti. Mais: em cada criadouro havia cerca de 300 larvas, em média. A maioria está em vasos, pneus e ralos.
Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.302 casos de dengue (dado revisado), 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 180.952 casos de dengue. Há 114 ocorrências de febre chikungunya em 2024, treze importadas. No ano passado, foram 121, sendo 106 autóctones.