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Casos de dengue disparam em Ribeirão

Divulgação

As altas temperaturas tí­picas do verão e as chuvas acima da média para o perí­odo que estamos tendo este ano, criam um ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Em Ribeirão Preto, 2023 começou com os números de novos casos con­firmados de dengue em alta.

Em janeiro de 2023 fo­ram 960 casos suspeitos no­tificados, 151 confirmados e somente 47 descartados, ou seja, o número de confirmados pode aumentar ainda mais. No mês anterior, dezembro de 2022, 70 casos foram con­firmados. E quando compara­mos o primeiro mês de 2023 com o primeiro de 2022, o número é quase 184% maior, de acordo com o Painel Epi­demiológico das Arboviroses disponibilizado no Portal da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto.

Além dos cuidados diários para evitar a proliferação do mosquito – que incluem cui­dados simples na rotina, evi­tando condições propícias ao desenvolvimento do mosquito como água parada em telha­dos, calhas, garrafas e pneus e caixas d’água e reservatórios de água sem tampa – é preciso es­tar atento aos primeiros sinais e sintomas. São eles: febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no cor­po e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, além de náuseas, vômitos e do­res abdominais.

Esses sintomas se asseme­lham aos da zika e chikun­gunya, também transmitidas pelo Aedes e em alguns ca­sos pode se assemelhar aos sintomas de covid-19. O que pode confundir e acarretar tratamento errado com auto­medicação, demora no diag­nóstico e consequentemente atraso no início do tratamen­to adequado.

“A medicina diagnóstica desempenha um papel fun­damental, ao proporcionar exames com laudos precisos para a definição diagnóstica com segurança, para que o médico defina e conduza o tratamento de forma resolu­tiva, com assistência e mane­jo clínico adequados”, explica a gestora regional do Grupo Sabin em Ribeirão Preto, a médica hematologista Maria do Carmo Favarin.

“Hoje o exame de antígeno NS1, ideal para o diagnóstico nos primeiros cinco dias de sintomas, fornece o resultado em até um dia. A pesquisa de anticorpos IgG e IgM, realiza­da para casos com mais de cin­co dias de sintomas, com resul­tado em até dois dias. E ainda, o Combo PCR que possibilita realizar em um único exame o diagnóstico das três doenças disseminadas pelo Aedes, den­gue, zyka e chikungunya com resultado em até quatro dias”, explica a médica.

Cenário preocupante
“O cenário é bastante preo­cupante, segundo informações do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil fechou 2022 com 1,4 milhão de casos prováveis e mais de mil mortes por dengue, o maior nú­mero de mortes em seis anos. Só aqui em Ribeirão Preto foram 7.464 casos confirmados ao lon­go de 2022 e o cenário de 2023 não apresenta sinais de melho­ra”, ressalta Favarin.

Buscar um médico o mais rápido possível, sempre que se observar algum sintoma é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e o trata­mento adequado. Só por meio de exames laboratoriais é pos­sível determinar qual é a do­ença para assim realizar com assertividade o tratamento.

Prefeitura faz mutirões semanalmente
A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, realiza periodicamente arrastões de combate à dengue em todas as regiões da cidade. A finalidade é recolher os possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue e também retirar materiais que servem de abrigo para escorpiões.

Em média, em cada mutirão, são recolhidas cerca de 2,5 toneladas de materiais que podem servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti – CCS/PREFEITURA

Durante as ações são encontrados, por exemplo, pneus jogados ao relento em quintais de residências e terrenos baldios, que são recolhidos e levados aos Ecopontos da prefeitura.

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