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Casos de dengue batem recorde em Ribeirão Preto

Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue. Nesta quarta-feira, 3 de julho, a Secretaria Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. A cidade já tem mais de 35.500 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya.

As 35.575 ocorrências deste ano já é o maior volume da história da cidade, superando em 1,52% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 532 a mais em poucos mais de seis meses, além de 51.148 sob investigação. Também já soma 23.273 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 189,18%. Uma semana atrás, até 26 de junho, eram 33.890.

Em sete dias, o Aedes aegypti fez mais 1.685 vítimas, aumento de 4,97%. Na semana anterior, a alta havia sido de 5,39%, de 32.157 para 33.890, mais 1.733. Entre 12 e 19 de junho, a alta havia sido de 6,52%, de 30.188 para 32.157, mais 1.969. A tendência é que o número de casos comece a cair com a chegada do inverno – época de baixa umidade relativa do ar e estiagem.

A população não pode baixar a guarda. Ribeirão Preto já registrou dez mortes em decorrência de dengue em 2024, duas em janeiro, cinco em fevereiro, duas em março e uma em junho, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Outros dez casos fatais ainda estão sob investigação. Em menos de seis meses, a cidade já superou o número de mortes no ano passado (nove).

Em menos de seis anos já são 33 óbitos. A média diária de casos neste ano é de 195 ocorrências, uma a cada sete minutos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e esta quarta-feira (3). São 281 notificações de casos suspeitos por dia, cerca de uma a cada cinco minutos. Ainda não há casos neste mês

São 773 casos em junho, 26 por dia,um a cada 55 minutos, 6.265 a menos que os 7.038 de maio, queda de 89,02%. Fechou abril com aos 9.526 de abril, mais 8.994 março, 6.230 em fevereiro e 3.014 em janeiro com 3.013. Na comparação com junho de 2023, quando 662 pessoas pegaram dengue, a alta chega a 16,77%. Foram 111 a mais no mês passado.

Em comparação com os 10.879 casos de dengue dos primeiros sete meses do ano passado, já são 24.696 a mais em 2024, avanço de 227,01% em apenas 182 dias de 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais

Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.302 casos de dengue (dado revisado), 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 196.440 casos de dengue. Há 185 ocorrências de febre chikungunya em 2024, dezoito importadas. No ano passado, foram 121, sendo 106 autóctones.

Faixa etária – No ano passado, das 12.302 vítimas, 4.454 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.032 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.029 estão entre 10 e 19 anos, 1.456 têm mais 60 anos, 949 são crianças de 5 a 9 anos, 321 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.906 casos na Zona Leste, 2.895 na Oeste, 2.115 na Norte, 1.924 na Sul e 1.462 na Central.

Neste ano, 12.852 têm entre 20 e 39, outras 8.543 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 5.941 estão entre 10 e 19 anos, 4.315 têm mais 60 anos, 2.581 são crianças de 5 a 9 anos, 1.115 têm entre 1 e 4 anos e 228 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 9.749 casos na Zona Leste, 8.640 na Oeste, 7.794 na Norte, 5.195 na Sul e 4.173 na Central, além de 24 ainda sem identificação de distrito.

Entre 70% e 80% criadouros do mosquito estão dentro das casas. A maioria está em vasos, pneus e ralos. Somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis. São mais de 100 toneladas em menos de seis meses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

Foto: Frame EBC

Casos de dengue
em Ribeirão Preto

2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 12.302
2024 – 33.890 *
Total desde 2009: 196.440
* Até 3 de julho
Eliminação do
Aedes aegypti 

• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.

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