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Casos de dengue avançam a 3.863 em RP

Já são 12.990 ocorrências em 98 dias deste ano, além de 22.274 sob investigação, contra 12.303 de 2023 inteiro: em uma semana, são mais 1.895 pacientes (Divulgação)

Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue, desta vez de nível 2. Nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, a Secretara Municipal da Saúde atualizou os dados de casos confirmados este ano. Já são 3.863 ocorrências este ano, além de 10.368 sob investigação. Duas mortes foram confirmadas nesta semana, ambas em janeiro.  
 
Uma semana atrás eram 2.488 casos. Em sete dias, o Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – fez mais 1.375 vítimas, aumento de 55,27%. Na semana anterior, a alta havia sido de 36,11%, de 1.828 para 2.488, com mais 660 ocorrências.  
 
A média diária neste ano é de 67 ocorrências, uma a cada 21 minutos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e terça-feira, 27 de fevereiro. São 179 notificações de casos suspeitos por dia.  Fevereiro já tem 1.657 pacientes infectados, 61 por dia, um a cada 24 minutos. São 2.206 em janeiro, ante 812 de dezembro, 1.394 a mais e alta de 171,67%.  
 
Na comparação com o primeiro mês de 2023, quando foram 400 pessoas pegaram dengue, o aumento chega a 451,50%. São 1.806 a mais. Na comparação com os 1.290 do primeiro bimestre do ano passado, são 2.573  a mais, avanço de 199,46%. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais 
 
De acordo com a secretária da Saúde, Jane Aparecida Cristina, o índice predial de infestação larvária em janeiro era de 12%. Significa que a cada 100 casas visitadas em Ribeirão Preto, em doze foram encontrados criadouros do Aedes aegypti. Mais: em cada criadouro havia cerca de 300 larvas, em média.  
 
A maioria está em vasos, pneus e ralos. Ribeirão Preto fechou o ano passado com 12.301 casos de dengue, 4.819 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,40%. A média diária em 2023 ficou em 34. Em pouco mais de 14 anos, a cidade já registrou 164.727 casos de dengue. Há 15 ocorrências de febre chikungunya em 2024, cinco importadas. No ano passado, foram 115, sendo 101 autóctones.  
 
Faixa etária – No ano passado, das 12.301 vítimas, 4.453 pessoas têm entre 20 e 39, outras 3.034 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 2.028 estão entre 10 e 19 anos, 1.456 têm mais 60 anos, 948 são crianças de 5 a 9 anos, 321 têm entre 1 e 4 anos e 61 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.907 casos na Zona Leste, 2.896 na Oeste, 2.113 na Norte, 1.924 na Sul e 1.461 na Central.  
 
Neste ano, 1.197 pessoas têm entre 20 e 39, outras 928 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 716 estão entre 10 e 19 anos, 524 têm mais 60 anos, 319 são crianças de 5 a 9 anos, 151 têm entre 1 e 4 anos e 28 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 1.165 casos na Zona Leste, 990 na Norte, 677 na Sul, 477 na Central e 453 na Oeste, além de 101 sem identificação de distrito.  
 
Jane Aparecida Cristina pede a colaboração da população para evitar sobrecarga no sistema de saúde. Atualmente, hospitais públicos e particulares da cidade já registraram aumento nas internações por dengue. “Setenta por cento dos criadouros do mosquito estão dentro das casas”, ressalta. 
 
A secretaria diz que, somente nos mutirões do ano passado, foram recolhidos 60 toneladas de materiais inservíveis, entre eles cinco mil pneus.  Em janeiro de 2024, a coleta chegou a 17 toneladas, além de mais de 27 toneladas em quatro eventos de fevereiro, totalizando 44 toneladas apenas no primeiro bimestre.  
 
BOX  
Casos de dengue  
em Ribeirão Preto  
2009 – 1.700  
2010 – 29.637  
2011 – 23.384  
2012 – 317  
2013 – 13.179  
2014 – 398  
2015 – 4.419  
2016 – 35.043  
2017 – 248 
2018 – 270 
2019 – 14.520  
2020 – 17.606  
2021 – 360 
2022 – 7.482 
2023 – 12.301 
2024 – 3.863 * 
Total desde 2009: 164.727 
* Até 27 de fevereiro  

Eliminação do  Aedes aegypti   
• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água; 
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura; 
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas; 
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água; 
• Tampar ralos; 
• Manter o vaso sanitário sempre fechado; 
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes; 
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais. 
 
 
 

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