Por: Adalberto Luque
O número de postes atingidos por motoristas em colisões de trânsito teve um salto de 77% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2023 foram registradas 122 colisões, contra 216 entre janeiro e março deste ano.
Nas 10 cidades pesquisadas pela CPFL Paulista, concessionária de energia elétrica na região, apenas Ribeirão Preto teve redução no comparativo entre os dois períodos. Em 2023 foram 58 colisões e em 2024 ocorreram 36. Isso, todavia, não impede que a cidade esteja entre as que mais número de colisões contra postes registrou. Depois de Ribeirão Preto, vem Franca, com 27 e Barretos, com 17.
“De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem anualmente no mundo por conta de sinistros de trânsito e o Brasil está entre os países com mais mortos e feridos. Portanto, alertar sobre os riscos dos acidentes de trânsito, especialmente os que envolvem postes de energia, é uma ação permanente da CPFL, por meio do nosso programa Guardião da Vida. É importante continuarmos incentivando a discussão, uma vez que os índices seguem elevados. Somente nesses três primeiros meses do ano tivemos um aumento preocupante dos casos na região de Ribeirão Preto: foram dois por dia, em média”, comenta o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da CPFL Energia, Raphael Campos.
Transtornos
A CPFL Paulista explica que, além dos perigos para o condutor, passageiros, demais motoristas e pedestres na área do acidente, as colisões causam transtorno para a população em geral, por causa das interrupções de energia.
Mesmo que o impacto da batida não afete de imediato o fornecimento, após o acidente, na maioria das vezes, é necessária a substituição do poste e a reconstrução da rede de distribuição, o que demanda horas de trabalho e pode exigir o desligamento emergencial. Dependendo da gravidade do ocorrido, as equipes da concessionária precisam ainda aguardar a conclusão da perícia policial para iniciar a manutenção.
A concessionária de energia lembra que o condutor pode ter que arcar com os danos provocados na rede elétrica. “Nos casos em que é identificado o culpado legal, este é cobrado pela concessionária pela reposição do poste, atualmente avaliado entre R$ 3 mil e R$ 14 mil. A diferença considera os equipamentos instalados tanto pela CPFL quanto pelas empresas que ocupam a estrutura. Um poste com iluminação pública simples, por exemplo, tem menor valor que aquele que sustenta um transformador de energia e equipamentos de telecomunicações”, revela a CPFL Paulista.
Maio Amarelo
No âmbito do Maio Amarelo, campanha que busca reduzir o número de acidentes de trânsito, a CPFL Paulista também participa das ações de conscientização dos motoristas. E lembra que, em batidas em postes, havendo queda de cabos ou outras estruturas de rede, se possível deve-se permanecer no interior do veículo sem tocar partes metálicas.
Caso seja preciso descer do carro após o acidente mesmo com cabos caídos (em casos de incêndio ou fumaça no carro, por exemplo), deve-se sair com os pés juntos, sem encostar na lataria, evitando choque elétrico.
Pessoas próximas também não devem se aproximar nem tocar com as mãos ou com qualquer outro objeto os cabos caídos. “O serviço emergencial da CPFL Paulista pode ser acionado pelo telefone 0800 010 1010. É recomendável também acionar o Corpo de Bombeiros”, conclui.