Os pais de Wesley Pires Alves Filho, de 15 anos, criaram uma “vaquinha” virtual para arrecadar dinheiro para contratar um investigador particular que buscará pistas sobre o paradeiro do adolescente, que está desaparecido desde o dia 28 de agosto de 2020, quando saiu da casa onde morava com a família, em Franca, na região de Ribeirão Preto.
Até a publicação desta matéria, a arrecadação já havia ultrapassado os R$ 8 mil. Segundo Camila Pedroso de Oliveira, mãe de Wesley, inicialmente havia sido feito contato com um investigador, mas este teria desistido do caso. No entanto, ela ressalta que outra pessoa será procurada para investigar o desaparecimento do filho.
“O dinheiro vai continuar sendo arrecadado e vai ser procurado outro investigador. Eu fui procurada por alguns, mas com valores muito altos. A gente não tem como conseguir esse dinheiro. A gente vai procurar outro jeito, o dinheiro vai ficar lá para todo mundo ver”, comentou Camila.
Em uma live feita no dia 24 de novembro, Camila pediu para que as pessoas continuem compartilhando a foto do filho e disse que ele pode estar em qualquer lugar. Além disso, a mãe do adolescente disse que acompanhou casos de desaparecimentos de crianças nos últimos meses e acredita que o filho está vivo.
“Como o corpo do meu filho não foi encontrado, não tem nenhuma confirmação de que ele está morto. Ninguém vai pôr isso na minha cabeça. Eu tenho fé e sinto que ele está vivo, eu sinto que eu ainda vou abraçar ele e conto com a ajuda de todo mundo para compartilhar o máximo possível”, reiterou.
Denúncias falsas
Nas últimas semanas, circularam em grupos de redes sociais uma publicação de uma pessoa que dizia saber o que teria acontecido com Wesley. Identificada como Richard Matias, a pessoa publicou que o garoto teria sido morto e enterrado em uma mata de Franca.
“Aí, a caminhada é a seguinte. Eu sou daqui do Aeroporto, já estou sabendo dos acontecimentos há um tempo e não consigo mais segurar isso dentro de mim, mano. Os caras do bar do lequinho cataram ele mesmo, ficaram com ele alguns dias e depois mataram com um tiro”, disse a pessoa na publicação.
Na sequência, o perfil ainda complementa dizendo: “Ele está lá no fundo do 4, na mata, certo. Não aguentei ficar vendo o sofrimento dessa família e resolvi falar. Mas não vou pôr a cara não. Vocês podem falar o que quiserem, perfil falso mesmo. Mas a verdade está aí, mano. Agora, achar o corpo, mano, esquece, não vai não.”
Contudo, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), “trata-se de fake news”. Ao jornal Tribuna, por meio de nota, a SSP-SP comunicou que as investigações prosseguem pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca. Essa denúncia já teria sido investigada pela Polícia Civil anteriormente.
Em relação à denúncia, Camila disse que acha muito difícil que isso tenha acontecido. “Eu acho muito difícil essa tese de que ele foi morto ali, a poucos quilômetros de casa. Eu não acredito nisso, não acredito que esconderam tão bem um corpo que ninguém achou ou que ninguém viu acontecer. Como pode alguém fazer um crime desse e passar despercebido por qualquer outra pessoa?”, disse.
A mãe de Wesley ainda completou dizendo que teve informações de que os agentes da DIG de Franca estão averiguando algumas denúncias recebidas nos últimos dias. “Enquanto eles investigam e vasculham as últimas denúncias, eu sigo pedindo para compartilhar [a foto de Wesley]. Não deixar que esqueçam o rosto do meu filho. Alguém pode ver ele em qualquer lugar”, finalizou.
O link da campanha é https://www.vakinha.com.br/vaquinha/arrecadacao-para-detetive-do-caso-wesley