Tribuna Ribeirão
Política

Caso Ramon Faustino: CP ouve testemunhas

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Comissão é presidida por Isaac Antunes (PL) e conta com o relator Alessandro Ma­raca (MDB) e Sérgio Zerbinato (PSB). Investiga a denúncia fei­ta pelo cidadão Ronaldo Junior Aparecido de Oliveira. De acor­do com o denunciante, tanto as declarações da ex-compa­nheira do vereador quanto as do próprio parlamentar le­vantam suspeitas de práticas de nepotismo, contrariando o disposto na lei nº 8.112, de 1990, e configurando possível improbidade administrativa.

O nepotismo ocorre quan­do um agente público usa de sua posição de poder para no­mear, contratar ou favorecer um ou mais parentes. Consi­dera-se como familiar o côn­juge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau.

No ano passado, a Câmara de Vereadores chegou a ins­talar uma CP para apurar de­núncias de assédio e práticas machistas que teriam sido pra­ticadas por Ramon Faustino contra a ex-namorada e outra ex-assessora, Patrícia Cardoso. A comissão foi criada após pe­dido de cassação do parlamen­tar protocolado pelas duas em 30 de agosto de 2022.

Entretanto, foi suspensa em 19 de outubro daquele ano por decisão liminar favorável ao vereador. A medida cautelar foi concedida pela juíza Luísa Helena de Carvalho Pita, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ri­beirão Preto. A CP era forma­da pelo presidente Luis Fran­ça (PSB), pelo relator André Rodini (Novo) e por Bertinho Scandiuzzi (PSDB).

Atualmente Ramon Faus­tino também é alvo do Mi­nistério Público de São Paulo (MPSP) em Ribeirão Preto. No dia 16 de maio, o promotor de Justiça Criminal, Claudio José Baptista Morelli, denunciou o vereador por violência domés­tica que teria sido praticada contra Viviane Patrícia da Silva.

A denúncia do MP chegou à Vara de Violência Domés­tica e Familiar de Ribeirão Preto. A indenização propos­ta pelo MP por danos morais não deve ser inferior a dez salários mínimos. Ou seja, R$ 13.200. A Justiça ainda não decidiu se receberá ou não o pedido do Ministério Público.

A denúncia da promotoria teve como base o inquérito policial que investigou as de­núncias feitas pela ex-namora­da. Segundo a investigação, o autor, não teria se conformado com o término do relaciona­mento imposto por ela e teria passado a persegui-la. Ramon Faustino sempre negou as acu­sações. Afirma que está sofren­do mais uma perseguição polí­tica na Câmara de Vereadores, racismo e violência.

“Um bolsonarista, associa­do a um partido político de direita e ligado a um vereador, fez uma denúncia e protoco­lou um pedido de cassação contra mim. Me acusam de ter feito uma nomeação irre­gular, acusação de nepotismo. Eu não nomeei ninguém da minha família para minha as­sessoria e não tive esposa ou cônjuge nomeado em asses­soria parlamentar, logo, não procede a acusação, é mais uma calúnia, mentira, fake News”, escreveu em nota.

Faustino afirma ainda que neste mandato, somente os vereadores de esquerda foram alvo de calúnias, fake news e de falsas denúncias – Duda Hidalgo (PT) e Sérgio Zerbi­nato (PSB). “A estratégia do bolsonarismo é a perseguição política à nossa militância, a quem pensa diferente, e se uti­lizam desses ataques, das fake news, mentira, racismo e ódio para gerar engajamento e for­talecer seu eleitorado. Vamos nos defender, resistir, enfrentar a mentira e a sujeira do bolso­narismo”, conclui.

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