Renato Zucoloto (PP), relator do caso Duda Hidalgo (PT) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Ribeirão Preto, vai ouvir nesta quinta-feira, 3 de fevereiro, as nove testemunhas de defesa da petista, acusada pelo munícipe Nilton Antonio Custódio de ter usado o veículo oficial a que tem direito – um Renault Fluence placas EHE 3406 – para participar de eventos particulares e partidários em outras cidades paulistas.
Os depoimentos terão início às nove horas. Já na sexta-feira (4), no mesmo horário, Duda Hidalgo será ouvida pelos membros do Conselho de Ética. Depois a vereadora terá prazo de cinco dias úteis para apresentar a defesa final. A data limite para conclusão do caso pelo colegiado é de 90 dias contados da data da notificação. No caso da parlamentar, notificada no dia 25 de novembro, a conclusão tem que ser feita até 22 de fevereiro.
De acordo com as denúncias, o veículo teria sido visto entre os dias 14 e 21 do mês de setembro nas cidades de Jundiaí, Sorocaba, Mauá, Diadema e São Bernardo do Campo. Nos documentos protocolados o denunciante teria anexado cópia da planilha de deslocamento do veículo da parlamentar, nos referidos dias, assinada por ela e que comprovariam o deslocamento para estes locais.
As concessionárias de rodovias da região destas cidades informaram ao Conselho de Ética que não têm imagens para confirmar se o veículo da vereadora teria passado por estes locais. A Câmara também solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) imagens Sistema Detecta da Polícia Militar para saber se o carro oficial aparece nas gravações.
O monitoramento é feito nas entradas e saídas de várias cidades paulistas. Entretanto, a SSP-SP respondeu que, por causa da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não poderia passar informações sobre terceiros. A Câmara pediu reconsideração, já que o veículo em questão não é de terceiro, mas do próprio Legislativo. Ainda não há resposta. Caso seja negado, o Conselho de Ética poderá solicitar as imagens judicialmente.
Em nota, a vereadora já negou a utilização indevida do carro. “Tenho plena segurança da licitude de minhas ações e minha defesa provará isso no processo. Ressalto que não serei intimidada e seguirei atuando como sempre atuei: um mandato combativo a serviço do povo ribeirão-pretano”, disse Duda Hidalgo.