Tribuna Ribeirão
Polícia

Caso Ayshila – Decretada a prisão de padrasto suspeito

A Justiça de Ribeirão Preto decretou a prisão preventiva de Regi­naldo Gomes Gertrudes, de 37 anos, principal suspeito de estuprar e assassinar a enteada Ayshila Vitória dos Santos da Costa, de 10 anos. A decisão atende ao pedido da Polícia Civil, através da Delega­cia de Defesa da Mulher (DDM). Indiciado por homicídio qualificado e estupro, ele está internado sob custódia na Santa Casa da cidade, onde foi submetido a cirurgia ortopédica, ainda sem previsão de alta. O infanticídio ocorreu no dia 13 de maio, na casa da vítima, no Ipiran­ga, Zona Norte de Ribeirão Preto. A delegada titular da DDM, Luciana Camargo Renesto Ruivo, disse que não precisa da confissão oficial de Reginaldo Gomes Gertrudes para obter a condenação. Depois de ter confessado o assassinato informalmente a policiais militares, o acusado agora diz que não se lembra de nada, inclusive do crime. Na conversa com os PMs, ele também negou ter estuprado a enteada. O resultado do exame de DNA pode confirmar o estupro da menina, conforme suspeita a delegada. Luciana Renesto reafirma que “não precisa de uma confissão dele. Porque não é assim que a gente trabalha. Confissão nem é uma prova tão assim substanciosa como as pessoas pensam. Eu vou esperar os laudos. Tenho outros meios de provar que ele a matou e a estuprou”, comenta. Também não está descartada a possibilidade de ouvir o testemunho da irmã de Ayshila, de apenas cinco anos, filha biológica do suposto assassino e que estava na residência na hora do crime. Luciana Re­nesto considera que “talvez seja o caso de fazer uma oitiva especial da menininha que estava lá para dizer que era ele que estava na casa”, pondera. Reginaldo Gomes Gertrudes, que era foragido da Justiça por ten­tativa de homicídio contra o ex-patrão, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, com tipificação de feminicidio, em razão da vítima ser mulher e menor de idade. Ainda, no registro da ocorrência, foi acrescido o crime de estupro de vulnerável. Renata dos Santos, mãe de Ayshila, estava trabalhando e disse que as meninas não estavam sozinhas, que havia uma amiga tomando conta das crianças, mas acredita que o ex-companheiro tenha feito ameaças ou convencido essa pessoa a deixá-lo com as meninas, por isso a mu­lher” teria ido embora. A família não mora mais na casa da rua Itaguaçu.

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