Os suspeitos foram detidos em um condomínio de luxo da cidade, onde foram apreendidos dois veículos importados e diversos celulares
Um casal foi preso na manhã desta quarta-feira, 25 de maio, pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro durante diligências da operação “Inventário”, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí. Os suspeitos foram detidos em um condomínio de luxo da cidade.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), agentes da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Ribeirão Preto participaram da operação e prenderam o líder da organização criminosa e sua esposa.
Além disso, durante a ação, foram apreendidos dois veículos importados e diversos celulares. Na cidade de Miguelópolis, os policiais encontraram três motos aquáticas ligadas ao casal. Os mandados no âmbito da operação “Inventário” também foram cumpridos nos estados do Paraná e Paraíba.
De acordo com informações da Polícia Civil do Piauí, foram alvos dessa fase da operação advogados, empresários e servidores públicos que concorreram para a prática de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
Investigação
A investigação teve início ainda no ano de 2020, quando a Polícia Civil foi notificada de uma possível fraude em um processo de inventário protocolado na comarca de Demerval Lobão (PI).
Usando documentos falsos e narrando fatos inexistentes, advogados ingressaram com ação de inventário fraudulenta, naquela comarca, para alcançar o patrimônio de um cidadão falecido no estado do Paraná.
Ainda segundo a Polícia Civil do Piauí, a investigação identificou que o mesmo grupo estava envolvido em tentativas de fraude de execuções fiscais, homologação de acordos trabalhistas e ações judiciais, em outras comarcas.
Todas essas ações criminosas tinham como objetivo violar o patrimônio de pessoas falecidas, levando o Poder Judiciário a erro. Estima-se que as fraudes até então identificadas tenham rendido aproximadamente R$ 2 milhões à organização criminosa.
Novos inquéritos serão instaurados para investigar outras fraudes praticadas com o mesmo modus operandi. A ação policial contou com apoio das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná e Paraíba e com suporte logístico do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas.