Devido à volta de Borodowski para a fase de transição do Plano São Paulo, o Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria de Estado de Cultura e Economia, gerida pela Acam Portinari, informa que o atendimento presencial ao público foi retomado na terça-feira, 8 de junho.
O espaço cultural de Brodowski estará aberto das onze às 16 horas, com 40% da capacidade de ocupação, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária para seus funcionários e visitantes. Às segundas-feiras, o museu é fechado para manutenção e limpeza. Fica na praça Candido Portinari nº 298, no Centro de Brodowski. Informações pelo telefone (16) 3664-4284.
Antiga residência de Candido Portinari, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari completou 51 anos em 14 de março. A Capela da Nonna completou 80 anos. As atividades educativas e culturais e o tour virtual estão disponíveis de forma online pelas redes sociais e site oficial da instituição (www. museucasadeportinari.org. br/culturaemcasa).
Candido Portinari
Filho de imigrantes italianos nascido em Brodowski, em 30 de dezembro de 1903, Candido Portinari manifestou sua vocação artística desde criança. Ao longo de sua carreira, pintou mais de cinco mil obras, entre elas os painéis “Guerra e Paz”, oferecidos pelo governo brasileiro à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos.
Morreu em 6 de fevereiro de 1962, aos 58 anos, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava. Criou desde pequenos esboços até grandes obras, murais e painéis. O artista foi o pintor brasileiro que conseguiu maior projeção internacional devido ao seu talento artístico e sua atuação no cenário cultural e político do Brasil.
O museu
Antiga residência de Candido Portinari, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari representa a forte ligação do artista com sua terra natal, origens e laços familiares. É o local onde ele realizou suas experiências com pinturas murais e se aprofundou na técnica ao passar dos anos. Devido às várias obras em pintura mural nas paredes da casa e em uma capela nos jardins da residência, a preservação do conjunto tornou-se imprescindível.
O primeiro passo ocorreu em 9 de dezembro de 1968, quando a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No ano seguinte, o imóvel foi desapropriado e adquirido pelo governo de São Paulo e, em 22 de janeiro de 1970, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
Com esforços da família do artista, do município e do Estado, o museu foi instalado e inaugurado em 14 de março de 1970. O complexo é constituído por uma casa principal, e anexos construídos em sucessivas ampliações. A simplicidade típica do interior é a maior característica do museu.
O acervo artístico do Museu Casa de Portinari constitui-se, principalmente, de trabalhos realizados pelo artista em pintura mural, nas técnicas de afresco e têmpera, nas paredes da casa. A temática é predominantemente sacra, exceto as primeiras experiências do artista neste gênero.
O acervo também contempla uma coleção de desenhos, linguagem expressiva e significativa na produção de Candido Portinari, presente em todos os momentos de sua carreira. O museu ainda abriga objetos de uso pessoal, mobiliário e utensílios da família, sendo que alguns cômodos permanecem com suas funções originais e outros foram adaptados para salas de exposições.
Capela da Nonna
Candido Portinari mandou construir, em 1940, uma capela ao lado da casa da avó Pelegrina, que por conta da idade e problemas de saúde não conseguia se locomover até a igreja para orar. Nas paredes estão os santos prediletos da avó, retratados pelo artista com a fisionomia de amigos e parentes. A obra terminou em 1941. A Capela da Nonna é um dos principais espaços do Museu Casa de Portinari.
No espaço estão São Francisco de Assis, Santa Luzia, São Pedro, São João Batista, a Sagrada Família, entre outras figuras sacras admiradas pela família. As imagens dos santos têm as formas de parentes e amigos de Portinari, uma tradição presente na pintura do século XV retomada pelo pintor, principalmente entre artistas flamengos e italianos.