Tribuna Ribeirão
Economia

Carteira assinada RP fecha abril com emprego em alta

O Ministério da Economia divulgou nesta sexta-feira, 24 de maio, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desem­pregados (Caged). Segundo a pasta, depois do déficit de mar­ço – o único do ano até agora –, Ribeirão Preto fechou abril com superávit de 1.053, fruto de 9.003 admissões e 7.950 demissões. Mas três dos cinco principais segmentos da economia local registraram déficit (leia quadro nesta página) e o setor de servi­ços salvou o mês. No acumulado de doze meses, a cidade detém o superávit mais expressivo do in­terior paulista.

O saldo de abril é 78,8% su­perior ao total de empregos for­mais gerados no mesmo mês de 2018, de 589 novos postos, com aporte de 464 contratos. Também é quase quatro vezes superior ao déficit de 370 va­gas de março, alta de 384,6% e 1.423 carteiras assinadas a mais. No ranking estadual, Ribeirão Preto ocupa a quarta posição no balanço mensal. Ficou atrás de São Paulo (saldo de 12.654) e de duas cidades da Região Metropolitana: Pontal (1.407, com 1.638 carteiras assinadas e 24 dispensas) e Pitangueiras (1.111, com 1.376 novos con­tratos e 265 rescisões).

A economia local fechou o primeiro quadrimestre com su­perávit de 2.390 trabalhadores contratados – com 35.054 ad­missões e 32.664 demissões –, 13,7% inferior que os 2.771 do mesmo período de 2018, quan­do foram admitidos 381 tra­balhadores a mais. No ranking estadual de 2019, Ribeirão Preto ocupa a quinta posição, atrás da capital paulista (34.944), Franca (5.016, fruto de 17.553 contra­tações e 12.537 dispensas), So­rocaba (2.504) e Pontal (2.413, com 3.189 trabalhadores contra­tados e 776 demitidos)

Em doze meses, o saldo ri­beirão-pretano é de 6.406 vagas (98.317 contra-tações e 91.911 rescisões), o melhor do interior e o segundo do estado, atrás do da capital, de 50.842 postos. A economia da cidade não regis­trava um resultado tão expressi­vo havia cinco anos, desde 2014, quando fechou o período com 131.539 admissões e 123.137 demissões, superávit de 8.402 postos de trabalho.

Por causa de ajustes feitos pelo Caged, os números refe­rentes ao balanço anual não ba­tem com os mensais divulgados anteriormente. Como Ribeirão Preto registrou superávit de 424 empregos em janeiro, 1.229 em fevereiro, mais o déficit de 370 vagas de março e o resultado positivo de 1.053 postos de abril, o saldo do quadrimestre deve­ria ser de 2.336 carteiras assina­das, ou 2,25% inferior aos 2.390 anunciados ontem pelo ministé­rio, 54 a menos.

Segundo o Caged, o supe­rávit da cidade em 2018 foi de 6.958 vagas formais de traba­lho (96.236 admissões e 89.278 demissões), mais de sete vezes acima ao total de 2017, de 915 empregos com carteira assinada (86.647 contratações e 85.732 dispensas), alta de 660% e aporte de 6.043 empregos. É o melhor resultado do interior e o segun­do do estado, atrás apenas do da capital (58.357).

Também é o melhor saldo dos últimos cinco anos na cida­de, atrás do registrado em 2013, de 8.527 novas vagas (128.129 novos contratos e 119.602 res­cisões), 18,4% acima do nú­mero atual, com 1.569 carteiras assinadas a mais. Apesar da boa notícia, em 2018 a soma dos re­sultados de janeiro (1.299), fe­vereiro (524), março (206), abril (589), maio (233), junho (-662), julho (635), agosto (1.813), se­tembro (534), outubro (757), novembro (1.342) e dezembro (-566) indica 6.704 empregos com carteira assinada. A dife­rença é de 258 postos.

Em 2015 e 2016 o municí­pio registrou déficits de 6.323 e 3.860, respectivamente. Em 2014 o superávit foi de 1.583 va­gas, em 2012 de 8.820, em 2011 de 12.684 e, em 2010, de 14.352. Nos meses de dezembro, todos os resultados anteriores a 2017 foram deficitários: de -2.046 vagas em 2016, de -2.520 em 2015, de -2.237 em 2014, de -1.289 em 2013, de -958 em 2012, de -1.207 em 2011, de -1.461 em 2010, de -1,392 em 2009 e de -1.301 em 2008.

Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado regis­trado pela economia de Ribeirão Preto ocorreu em 2010, quando a cidade contratou 109.136 pes­soas e dispensou 94.784, com superávit de 14.352. Depois vem o ano de 2011, com 118.529 em­pregos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864. Uma ampla pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência da As­sociação Comercial e Indus­trial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo economista Gabriel Couto, mostra que em dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumulou déficit de 5.217 empregos formais.

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