Tribuna Ribeirão
Economia

Carteira assinada Emprego perde fôlego em RP

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

O Ministério do Trabalho divulgou nesta segunda-feira, 22 de outubro, os números do Cadastro Geral de Emprega­dos e Desempregados (Caged). Segundo a pasta, o resultado de setembro em Ribeirão Preto é o melhor para o período em cinco anos, desde 2013. O saldo do mês passado foi de 534, com 7.697 admissões e 7.163 demis­sões. A abertura de novas vagas, no entanto, perdeu força em relação a agosto, quando a eco­nomia local fechou o mês com superávit de 1.813 carteiras assi­nadas – a cidade abriu cerca de 60 postos de trabalho por dia.

Os principais setores da economia local fecharam o mês passado no “azul”, mas com re­sultados mais modestos do que os de agosto. Apenas a agrope­cuária, que nem é tão forte no município, registrou déficit. O saldo de setembro deste ano é cerca de 2,7 vezes superior ao de agosto de 2017, quando Ribeirão Preto registrou défi­cit de 316 empregos formais (6.541 contratações e 6.857 dispensas), um crescimento de 268,7%, com aporte de 850 va­gas com carteira assinada.

Em relação a agosto deste ano, quando a cidade fechou com 1.813 novos postos, a queda foi de 70,5%, com 1.279 rescisões a menos, cerca de três vezes abaixo do registrado no período anterior. Ribeirão Pre­to, que no mês anterior obteve o melhor resultado entre as cida­des do interior paulista, agora está em sétimo no estado atrás da capital São Paulo (superávit de 6.165), Santos (1.170), São Bernardo do Campo (639), Mogi das Cruzes (623), Bauru (583) e Sorocaba (544).

Segundo o Caged, o supe­rávit em 2018, até dia 31 do mês passado, é de 5.399 vagas formais, mas a soma dos re­sultados de janeiro (1.299), fevereiro (524), março (206), abril (589), maio (233), junho (-662), julho (635), agosto (1.813) e setembro (534) indica 5.171 empregos com carteira assinada. A diferença é de 228 postos. Como os balanços se­toriais batem com os mensais, o Tribuna considera este total.

Assim, o superávit na cida­de em nove meses é quase sete vezes superior ao de 755 pos­tos abertos no mesmo período do ano passado, acréscimo de 4.416, alta de 584,9% e aporte de 4.416 carteiras assinadas. Foram 72.872 admissões e 67.473 demissões. O resultado para setembro agosto só perde para o de 2013, quando a ci­dade registrou saldo de 1.476 empregos formais, 942 a mais, queda de 63,8% neste ano.

O balanço anual também é o melhor desde 2013, quando o superávit em nove meses foi de 7.911 vagas. Em 2018 é 34,6% inferior, com 2.740 empregos a menos. Em 2015 e 2016 o muni­cípio registrou déficits de 3.433 e 1.354, respectivamente. Em 2014 o superávit foi de 3.735 va­gas, em 2012 de 7.611, em 2011 de 10.554 e, em 2010, de 11.360.

Nos meses de setembro, os resultados anteriores fo­ram de -117 em 2016, dé­ficit de 958 vagas em 2015, de -484 em 2014, de 1.476 em 2013, de -278 em 2012, de 357 em 2011 e de 854 em 2010. Nos últimos doze meses, o saldo é positivo, de 5.674 postos de traba­lho – 93.722 contratações e 88.048 dispensas.

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