O Ministério da Saúde informou no domingo, 22 de novembro, que deve assinar “cartas de intenção não-vinculantes” para compra de vacinas de cinco desenvolvedores: Pfizer, Janssen, Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto (responsável pela Sputinik V) e Moderna.
O documento, porém, não formaliza a compra dos produtos. A Saúde afirma que ainda aguarda o fim dos estudos de “fase 3”, além do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a precificação e a incorporação do produto ao Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia é evitar nova “complicação política” com a compra de vacinas.
Por isso, qualquer negócio só deve ser fechado após o aval da agência para comercializar a droga no país. As desenvolvedoras foram recebidas na Saúde nesta semana. “A pasta tomou nota e tirou dúvidas sobre detalhes técnicos do desenvolvimento dessas vacinas, sua segurança e eficácia, e de aspectos logísticos para operacionalizar sua distribuição”, diz em nota.
“Os encontros também serviram para estreitar a comunicação entre as áreas técnicas do Ministério e o corpo técnico das empresas”, informa o ministério. Diz ainda que já há previsão de acesso a 142,9 milhões de doses por contratos já firmados.
Estes imunizantes estariam garantidos por meio de negócio de cerca de R$ 2 bilhões para fornecimento de 100 milhões de unidades da vacina de Oxford/ AstraZeneca, além da transferência de tecnologia de produção da droga à Fiocruz.
Outro caminho é pela Covax Facility, um consórcio liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar o fornecimento dos imunizantes. O Brasil investiu R$ 2,5 bilhões para entrar no grupo e espera receber, por meio do consórcio, vacina para 10% da população. Segundo a Saúde, estes dois caminhos já garantem a imunização de cerca de 30% da população brasileira.