Sucesso nas ruas brasileiras nas décadas de 1970 e 1980 e nas rádios na de 1990, graças ao grupo Mamonas Assassinas à música “Pelados em Santos”, a perua Volkswagen Brasília completa neste ano 45 anos. No sistema do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), constam 329.999 exemplares do modelo registrados no Estado. Destes, 544 têm a placa preta, para colecionadores.
Em Ribeirão Preto são 3.585 exemplares, segundo o Detran.SP, apenas 0,67% da frota da cidade, que em dezembro era de 532.814 veículos. O VW foi lançado em 8 de junho de 1973, como um projeto desenvolvido no Brasil. Tinha como destaques o bom espaço interno, a ampla visão proporcionada pela grande área envidraçada e o baixo consumo de combustível. Seu motor 1.600 com 65 hp fazia onze quilômetros por litro de gasolina.
O nome, claro, homenageava a moderna capital brasileira, fundada 13 anos antes. O modelo custava pouco mais que o Fusca, embora fosse mais moderno e espaçoso: Cr$ 20.830,00 – cerca de R$ 19 mil, em valores atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe).
Em 1995, uma ”Brasília amarela com roda gaúcha” virou febre em todo o país na música “Pelados em Santos”, da banda cômica Mamonas Assassinas. A canção tornou-se a mais conhecida do grupo. Outra curiosidade: o carro também foi fabricado no México e já apareceu em episódios do seriado “Chaves”. O VW Brasília passou por reestruturações leves até deixar de ser descontinuado em 1982. Nesses nove anos, mais de um milhão de unidades foram produzidas.
Ribeirão é a nona cidade paulista com mais VW Brasília. Está atrás da capital São Paulo (136.247 veículos), Guarulhos (7.866), Santo André (7.391), Campinas (7.297), São Bernardo do Campo (6.310), São José dos Campos (4.117), Sorocaba (3.999) e Osasco (3.864) e à frente de Jundiaí (2.976) no ranking dos dez municípios do Estado com mais carros deste modelo.