Tribuna Ribeirão
Cultura

Carmen Miranda é tema de musical

Com a proposta de apre­sentar a trajetória de Car­men Miranda (1909-1955) para toda a família, o musical “Carmen, a Grande Pequena Notável”, dirigido por Kleber Montanheiro, ganha tempo­rada, pela primeira vez, gra­tuita no Teatro do Sesi Ribei­rão Preto.

As apresentações aconte­cem nos dias 28, 29 e 30 de julho, às 20 horas de sexta­-feira e sábado, e às 21 ho­ras de domingo. A entrada é gratuita a todas as pessoas: clientes e não clientes. Bas­ta realizar a reserva online de forma antecipada através da plataforma Meu Sesi (ri­beiraopreto.sesisp.org.br). O espetáculo estreou dia 21 na cidade.

A secretaria do CAT Sesi Ribeirão Preto fica na rua Dom Luís do Amaral Mousinho nº 3.465, Jardim Castelo Branco, Zona Leste. Para mais informações en­tre em contato pelo telefone (16) 3603-7300. O Teatro do Serviço Social da Indústria de Ribeirão Preto fica na rua João Ignacchitti s/nº, no mesmo bairro. O local tem capacidade para receber 365 pessoas.

Visto por milhares de pessoas, o espetáculo es­treou em 2018 no CCBB São Paulo, no contexto das comemorações aos 110 anos de Carmen Miranda. O elenco conta com a partici­pação de Amanda Acosta, no papel da protagonista, além de Daniela Cury, Gus­tavo Rezende, Luciana Ra­manzini, Jonathas Joba, Jú­lia Sanches e Roma Oliveira.

Os músicos Maurício Maas, Betinho Sodré, Mo­nique Salustiano e Wagner Passos também estão em cena no palco do Teatro do Sesi Ribeirão Preto. O espe­táculo celebra e homenageia a grande personalidade que foi Carmen Miranda, em me­mória ao seu legado enquan­to artista na cultura popular brasileira.

O musical é inspirado no livro homônimo de Heloísa Seixas e Julia Romeu, ven­cedor do Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não Ficção (2015) e tem como proposta apresentar o universo artísti­co da homenageada. Portu­guesa radicada no Brasil, ela se tornou um dos maiores símbolos da cultura brasileira para todo o mundo.

Para contar sua história, a produção adota a estrutura, a estética e as convenções do Teatro de Revista Brasileiro, grande destaque na época, no qual Carmen Miranda tam­bém se destacou. “Utiliza­mos a divisão em quadros, o reconhecimento imediato de tipos brasileiros e a musica­lidade presente, colaborando diretamente com o texto fa­lado, não como um apêndice musical, mas sim como dra­maturgia cantada”, explica o diretor Kleber Montanheiro.

A encenação tem a pro­posta de preservar a memó­ria sobre a pequena notável, como a cantora era conheci­da, e a época em que ela fez sucesso tanto no Brasil como nos Estados Unidos, entre os anos de 1930 e 1950. Por isso, os figurinos da protagonista são inspirados nos desenhos originais das roupas usadas por Carmen Miranda; já as vestes dos demais persona­gens são baseadas na moda dessas décadas.

“As interpretações dos atores obedecem a prosódia de uma época, influencia­da diretamente pelo modo de falar ‘aportuguesado’, o maneirismo de cantar pro­veniente do rádio, onde as emissões vocais traduzem um período e uma identida­de específica”, revela Monta­nheiro. A cenografia repro­duz os principais ambientes propostos pelo livro.

Esses espaços físicos são o porto do Rio de Janeiro, onde Carmen desembarca criança com seus pais; sua casa e as ruas da Cidade Maravilho­sa; a loja de chapéus, onde Carmen trabalhou; o estú­dio de rádio; os estúdios de Hollywood e as telas de cine­ma; e o céu, onde ela foi can­tar em 5 de agosto de 1955. Cada cenário traz ao fundo uma palavra composta com as letras do nome da canto­ra em formatos grandes. Por exemplo, a palavra MAR apa­rece no porto, e MÃE, na casa dos pais da cantora.

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