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Câncer de intestino ou colorretal tem cura – parte 1

O câncer de intestino, de uma maneira geral, é aquele que pode afetar qualquer parte do intestino, porém o mais comum e também o mais grave (quando não detectado no começo) é o também chamado câncer colorretal que aco­mete a parte final do intestino grosso chamada cólon, e a terminal do tubo digestivo chamada reto. Ela é uma doença familiar e mais característica da idade adulta acima dos 50 anos.

Entretanto, estudos populacionais realizados por pesqui­sadores dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão e China têm trazido preocupação com o fato de a doença estar acome­tendo uma população cada vez mais jovem a partir dos 40 a 45 anos. E isso vem impactar a estratégia de tentativa de se detectar precocemente o aparecimento dessa doença.

O câncer de intestino ou colorretal já é, exceto o de pele, o segundo câncer mais frequente nas mulheres, depois do de mama. Já na população masculina o câncer de intestino é tão frequente também, que ocupa o terceiro lugar, só perdendo para o câncer de próstata e de pulmão.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer de 2017 para 2018 houve um aumento de 6% no número de casos de câncer de intestino entre os brasileiros com um aumento de 36.360 novos casos. Ainda de acordo com essas estatísticas, um em cada cinco homens e uma a cada seis mulheres vão ter essa doença no decorrer de suas vidas.

Mas, ao lado dessas notícias preocupantes há pesquisas médicas animadoras a respeito das estratégias para se enfren­tar essa doença. A Sociedade Americana de Câncer já passou a recomendar que qualquer pessoa com idade de 45 anos ou mais já deve se submeter ao exame de rastreamento precoce desse tipo de câncer. É o exame chamado colonoscopia, que é um exame simples realizado pelo médico especialista em proctologia ou gastro, único exame capaz de enxergar lesões precoces que poderiam no futuro se transformar em câncer.

Se constatada a presença dessas lesões, do tipo de uma verruga que os médicos chamam de pólipo, esta é removida e analisada para ver se contém ou não a presença da doença. A remoção desses pólipos já deixaria a pessoa livre de preo­cupação relacionada com a doença e daí pra frente o exame seria repetido a cada cinco ou dez anos dependendo dos fatores de risco da pessoa em relação à doença. Apesar de o câncer de intestino ou colorretal ser considerado uma doença traiçoeira pois tem evolução vagarosa, ela dá certos sinais mesmo que discretos quando de sua instalação e que podem ser percebidos pela pessoa.

Entre estes, a alteração do que chamamos de hábitos intestinais, isto é, a frequência de evacuações se a cada dia ou mais. Essas alterações, tanto para mais quanto para me­nos, são um sinal que, juntamente com episódios de dor de barriga, mesmo que apenas discreta ou fraqueza e, se acom­panhado da presença de filamentos vermelhos nas fezes, não significam a presença de câncer de intestino, mas sim que a pessoa precisa fazer uma consulta médica com um médico clínico geral, que é a porta de entrada para a realização de exames médicos de rotina e, se necessário, ser encaminhado ao médico especialista. (Continua na próxima semana… Não percam a sequência).

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