A paralisação das modalidades esportivas ao redor do planeta por conta da pandemia do novo coronavírus afeta a população em diversos âmbitos. Vai desde o atleta profissional, de alto rendimento, que vive do esporte, até uma criança que participa de um projeto social em sua cidade.
Por este motivo, muitos professores, atletas e até mesmo aqueles cidadãos comuns que são adeptos da prática esportiva, estão buscando alternativas para se exercitar durante a pandemia.
Este é o caso a carateca e professora de kumite Carol Wayow, da WSK de Ribeirão Preto, que organizou o primeiro festival online da modalidade em parceria com o também professor Edson Resende, da Team Resende, da cidade de Jales-SP.
Segundo Carol, a ideia de realizar o evento surgiu após ver outras modalidades esportivas organizando competições através da web.
“Desde que a pandemia começou, estão acontecendo vários eventos online de caratê, mas na modalidade kata, que se consiste em uma luta imaginária, como se fosse uma coreografia dos movimentos. Até então, ninguém tinha feito de kumite. Conversando com o professor Edson, formalizamos a ideia e o festival aconteceu”, afirmou.
O evento foi realizado no feriado de 1º de maio e contou com a participação de mais de 70 caratecas. Além dos atletas, familiares dos participantes também se divertiram com o festival virtual.
“Pegamos a ideia e já que a gente precisava de duas pessoas para a luta, colocamos o atleta e mais alguém da família para interagir junto com o aluno e participar do evento. Foi uma interação geral da família e também uma oportunidade de mostrar um pouco como funciona a modalidade de luta, as regras, claro que tudo adaptado, mas como o máximo da essência de uma competição oficial”, disse.
Ao todo, sete instituições marcaram presença no festival, que também contou com a participação especial de dois atletas da Venezuela. Para Carol, o ponto mais importante do evento foi a interação.
“A estratégia principal foi movimentar as crianças. O outro professor trabalha com muitas crianças, principalmente de projetos sociais. Isso ajudou muito, porque as crianças estavam muito desmotivadas, as mães reclamando, então abrimos portas, demos a possibilidade de todos participarem e foi aquela festa, pais, mães, todos participando. Foi muito bacana essa inclusão de pessoas de todas as faixas etárias”, concluiu.