Tribuna Ribeirão
Geral

Campanha da Fraternidade – Igreja Católica foca na educação

@ARQUIDIOCESERP

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou oficialmente, nesta Quarta-Feira de Cinzas, 2 de março, a Campanha da Frater­nidade de 2022. Com o tema “Fraternidade e Educação” e o lema bíblico “Fala com sa­bedoria, ensina com amor”, o objetivo vai além dos proble­mas na educação ao também “refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspecti­va católico-cristã”.

“Educação é pilar da paz e por isso precisa receber sempre mais investimentos significativos de governantes, empreendedores, instituições, todos os setores”, destacou o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. O arcebispo metropolitano de Ribeirão Preto, dom Moa­cir Silva, concedeu entrevista coletiva à imprensa. Também participaram o coordenador da Equipe de Campanhas, pa­dre André Luiz Massaro, e o integrante diácono Francisco Alves Ferreira Neto.

Além de Ribeirão Preto, a Arquidiocese atende as cida­des de Altinópolis, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Du­mont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.

“Com essa temática, a Igreja Católica no Brasil nos leva a refletir sobre a indis­pensável relação entre frater­nidade e educação. A cam­panha deste ano tem como grande objetivo despertar a solidariedade dos fiéis em relação a um problema con­creto que envolve a sociedade brasileira, buscando cami­nhos e solução à luz do evan­gelho”, diz dom Moacir Silva

Pacto Educativo Global
Este ano a Campanha da Fraternidade é impulsionada pelo Pacto Educativo Glo­bal, convocado pelo papa Francisco. Na carta con­vocação ao pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educa­ção humanizada.

A proposta é de contri­buição para a formação de pessoas abertas, integradas e interligadas, que também se­jam capazes de cuidar da casa comum já que a “educação será ineficaz e os seus esforços estéreis se não se preocupa­rem também em difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à relação com a natureza”.

Ucrânia
No mesmo dia em que a Igreja Católica lança sua principal campanha anual, o papa Francisco também voltou a fazer, durante sua audiência geral no Vaticano, nesta quarta-feira, um apelo em defesa da paz na Ucrânia, que há uma semana é alvo de uma invasão militar russa.

Em sua Homilia, o pontífi­ce lembrou o início da Quares­ma e disse que as “orações e o jejum” dos católicos serão uma “súplica de paz” para a Ucrâ­nia. Além disso, agradeceu a um padre ucraniano que faz a leitura da catequese em polo­nês na audiência geral.

“Seus pais estão nos abrigos embaixo da terra para se pro­teger das bombas em um lugar próximo a Kiev, e ele continua a cumprir seu dever aqui co­nosco. Estando ao seu lado, estaremos ao lado de todas as pessoas que sofrem com os bombardeios. Levemos no co­ração a lembrança desse povo”, disse o papa.

O papa Francisco também elogiou a Polônia por receber refugiados ucranianos. “Vo­cês estão oferecendo genero­samente tudo o que é neces­sário para que eles possam viver dignamente, apesar da dramaticidade do momento”, ressaltou o pontífice.

Educação
Essa é a terceira vez que a temática da educação será abordada na Campanha da Fraternidade. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. “A realidade de nossos dias que fez com que o tema educação recebesse destaque, um tem­po marcado pela pandemia da covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”, diz a CNBB.

Ainda segundo a enti­dade mais do que abordar outro aspecto específico da problemática educacional, a campanha vai refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católi­co-cristã. Nessa perspectiva, a educação é compreendida não apenas com um ato esco­lar, com transmissão de con­teúdo ou preparação técnica para o mundo do trabalho.

Mas também de um pro­cesso que envolve uma “co­munidade” ampliada que in­clui todos os atores: família, Igreja, Estado e sociedade. A campanha da fraternidade é tradicionalmente realizada pela Igreja Católica em par­ceria com instituições cristãs desde a década de 1960.

O texto-base da iniciati­va é escrito por membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e passa pelo aval da direção-ge­ral da CNBB. O lançamen­to do tema ocorre sempre na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quares­ma, período de 40 dias que antecede a Páscoa.

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