Ação rápida da Polícia Civil evitou que homem fugisse
Por Adalberto Luque/Tribuna Ribeirão
Policiais civis da Delegacia de Polícia de Cravinhos agiram com extrema rapidez e prenderam no sábado (19/03), um homem acusado de estuprar sua filha biológica dos cinco aos 17 anos. Segundo o delegado titular, Jorge Miguel koury Neto, a jovem criou coragem e contou sobre os abusos ao Conselho Tutelar e uma conselheira esteve na delegacia pra fazer a denúncia contra o pai.
“Ela vivia sob constante ameaça. Era mantida em cárcere privado quando pai, caminhoneiro de 55 anos, estava na cidade. Havia a pressão psicológica, as graves ameaças até que ela criou coragem e veio até nós. Agimos com extrema rapidez, pois ele sairia de viagem no sábado [19] logo cedo e poderia fugir, inclusive cruzando fronteira do Estado e dificultando sua prisão”, explicou o delegado.
Assim que a denúncia foi feita, os policiais civis representaram pelo mandado de prisão temporária por 30 dias. Tão logo a Justiça expediu o mandado, os policiais iniciaram as buscas. No sábado, por volta de 06h50, ele foi localizado e preso.
De acordo com Jorge Miguel, o pai, inclusive, mandava mensagens por aplicativos. Desta forma, além da prisão, o celular da vítima e do suposto estuprador foram apreendidos para perícia, com o objetivo de localizar tais mensagens que possam corroborar com as provas de acusação.
Em depoimento, a conselheira tutelar contou que o pai da jovem a ameaçava de morte, caso denunciasse o que vinha ocorrendo. “Ele poderá responde por estupro de vulnerável, estupro, cárcere privado, constrangimento ilegal em continuidade delitiva. Tudo era feito por meio de ameaças psicológicas. Nesse tempo todo o pai praticava com a filha conjunção carnal e atos libidinosos”, garante o delegado.
Depois de preso, o homem foi conduzido à CPJ (Central de Polícia Judiciária) em Ribeirão Preto, sendo encaminhado após a finalização da captura para uma unidade prisional. As investigações prosseguem em sigilo para, segundo Jorge Miguel, evitar expor ainda mais a jovem. A mãe da vítima também será ouvida para saber se ela tinha conhecimento do que o marido fazia com sua própria filha. O casal tem outra filha pequena, mas, a princípio, o pai só violentava a mais velha. “Vamos apurar tudo”, concluiu o delegado.