O vereador Adauto Marmita (PR), presidente da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara que analisa a presença dos vendedores ambulantes em algumas regiões de Ribeirão Preto onde leis vetam o comércio informal, levou ao Palácio Rio Branco uma comitiva de seis camelôs para entregar ao prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) – “em mãos” – uma proposta de alteração na atual legislação para liberar a atuação do grupo no chamado quadrilátero central, principalmente na região do calçadão.
O encontro entre os ambulantes e o prefeito Duarte Nogueira ocorreu na quinta-feira, 23 de novembro. Cerca de 40 camelôs faziam uma manifestação defronte ao Palácio Rio Branco quando foram convidados a conversar com a primeira-dama Samanta Pineda, na sede do Fundo Municipal de Solidariedade (FMS).
Depois de apresentar a proposta à primeira-dama, Marmita e os camelôs foram encaminhados ao gabinete do prefeito, onde o vereador que preside a CEE apresentou a Nogueira a proposta da categoria. Eles querem autorização para que 70 “informais” atuem no quadrilátero central, devidamente identificados, cadastrados no Departamento de Fiscalização Geral da Secretaria Municipal da Fazenda com crachás, coletes e barracas padronizadas.
O número é restrito, segundo Marmita, e não será alterado. De acordo com o vereador, Nogueira Júnior leu a proposta, avisou que vai discuti-la com sua equipe e ficou de dar uma resposta na próxima semana. A CEE dos Camelôs já ouviu as reivindicações dos vendedores ambulantes.
Nesta sexta-feira (24), com a presença do também vereador Isaac Antunes (PR), a comissão fez uma visita técnica ao shopping popular da rua General Osório, o popular “Camelódromo”. Ainda ontem, Marmita recebeu em seu gabinete José Eduardo Molina, assessor da presidência da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), entidade que combate a presença dos camelôs no Centro – principalmente no calçadão e na região do Mercado Municipal, o “Mercadão”.
Na próxima semana, a CEE deve agendar a data de uma audiência para conhecer oficialmente a posição das entidades representativas do comércio – Acirp, Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região, Associação de Moradores e Comerciantes do Centro (Amec) e também do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ribeirão Preto (Sincomerciários).
A CEE ainda vai visitar o Centro Popular de Compras (CPC), ao lado deo “Mercadão”. Os vereadores querem saber se os atuais ocupantes dos boxes são realmente ex-camelôs ou se houve desvirtuação da destinação original dos dois locais (mantidos pela prefeitura).